domingo, 21 de agosto de 2011

REVISÃO PARA AVALIAÇÃO TRIMESTRAL - CNEC - PARACAMBI - 7ª SÉRIE


O CONTEÚDO AQUI EXPLICITADO NÃO REPRODUZ UMA ORDEM CRONOLÓGICA FIEL DOS ACONTECIMENTOS, O MESMO TEM POR OBJETIVO AUXILIÁ-LO EM SUAS RESOLUÇÕES.


A Biotecnologia aplicada ao desenvolvimento de alguns produtos agrícolas é de todas as novas tecnologias, a que oferece o maior potencial para se elevar a produtividade, como: aplicação do nitrogênio visando utilizar água do mar para irrigação, frutas cítricas mais resistentes às geadas, trigo que cresce no deserto, etc.
Plantation é um sistema agrícola baseado na produção monocultora de gêneros tropicais para fins de exportação, praticada em grandes propriedades (latifúndios).
Transgênicos são os vegetais derivados da alteração genética onde esse processo pode alterar o tamanho das plantas, retardar a deterioração dos produtos agrícolas após a colheita ou torná-los mais resistentes às pragas, aos herbicidas e aos pesticidas, etc. Apesar das críticas de ambientalistas e de cientistas, aumentou no mundo a área cultivada de soja transgênica, com destaque para os Estados Unidos e o Brasil, que estão entre os maiores produtores mundiais.
Revolução Verde é uma estratégia de elevação da produção agrícola mundial, concebida nos Estados Unidos, por meio da introdução de um pacote tecnológico, contendo novas técnicas de cultivo, equipamentos para mecanização, fertilizantes, defensivos agrícolas e sementes selecionadas.

O processo de concentração fundiária caminha junto à industrialização da agropecuária com predomínio de capitais, logo, os pequenos agricultores não conseguem competir e são forçados a abandonar suas lavouras de subsistência e vender suas terras, a intensa mecanização leva à redução do trabalho humano e à mudança nas relações de trabalho, com a especialização de funções e o aumento do trabalho assalariado e de diaristas. Essas modificações na estrutura fundiária provocam desemprego no campo, intenso êxodo rural, além de aumentar o contingente de trabalhadores sem direito a terra e sua exclusão social.

A alta especialização produtiva, que reforça a necessidade de circulação de alimentos pelo planeta é uma das características do setor agropecuário na atualidade. No entanto, os custos de produção são muito diferentes em todas as partes do planeta, políticas de subsídios agrícolas e de barreiras protecionistas foram e continuam sendo adotadas por alguns Estados (países), no sentido de proteger seus produtores rurais. Sobre o tema, o Brasil se destaca por tomar a frente nas negociações que defendem a derrubada dos subsídios e protecionismos no setor agropecuário, praticados pelos EUA e alguns países da União Europeia, restringindo as exportações dos países periféricos. O País é o criador do grupo conhecido como G-20, formado em 2003 em Cancun, México, por ocasião da reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), que deu continuidade à Rodada de Doha (2001, Catar), a qual acirrou as divergências entre ricos e pobres no comércio mundial.
Tudo bem que com a visita do presidente norte-americano ao Brasil esperava-se cair, ou pelo menos diminuir as barreiras protecionistas “impostas” pelos EUA sobre o nosso suco de laranja, carne, algodão, etc. Não foi exatamente o que se viu, mas tudo bem, a liderança brasileira trouxe como vantagens um avanço nas negociações em favor dos interesses dos países pobres, uma vez que abriu a possibilidade de maior acesso aos mercados consumidores dos países ricos, diante da flexibilização desses mecanismos protecionistas, mesmo que a médio ou em longo prazo.

Ultimamente os produtos orgânicos vêm ganhando destaque pelo mundo, estamos presenciando depois da Revolução Verde, um aumento significativo das áreas que cultivam esse tipo de produto. Apesar do preço ainda não tão satisfatório, esses produtos tem ganhado a simpatia de seus consumidores devido a alguns fatores que vem sendo apontados como responsáveis pelo crescimento dessa demanda, por exemplo: a segurança alimentar, às preocupações ambientais e ao melhor sabor dos alimentos, fatores esses que os produtos surgidos pós Revolução Verde, mesmo com tanta tecnologia não conseguiram alcançar.
É claro que não se pode negar que a chamada Revolução Verde trouxe benefícios para a população mundial, seu objetivo é, ou pelo menos era, aumentar a produtividade e evitar quebra na safra em diferentes regiões agrícolas do planeta, graças ao emprego de seus fertilizantes químicos, agrotóxicos e sementes selecionadas. No entanto, o emprego dessas técnicas, mostra também o preço que estamos pagando “do outro lado de sua moeda”, quando os fertilizantes e agrotóxicos são levados pela chuva para os córregos e rios, prejudicando o equilíbrio ecológico de seus ecossistemas, tudo bem que é justamente a utilização desses fertilizantes e agrotóxicos, que fazem com que esses produtos cultivados sejam mais vigorosos e abundantes, mas também prejudica o pequeno produtor que acaba impossibilitado de competir com os grandes latifundiários, o que acarreta entre outras coisas, o desemprego no campo e o êxodo rural.
Será mesmo que um belo “prato de salada colorida” faz tão bem assim?  É justamente sobre essas consequências ecológicas e sociais que devemos sempre pensar antes de qualquer atitude tipicamente urbano capitalista.

O Brasil vem se destacando nos últimos anos como um grande exportador de produtos agrícolas e pecuários, sendo os principais, cana-de-açúcar, soja, laranja e carne, resultado do excepcional desenvolvimento do agronegócio em nosso país. O aprimoramento do agronegócio barateou o custo dos alimentos e deu à população um maior poder de consumo e de escolha, contudo, embora gere grande produção e rentabilidade, é caracterizado pelo latifúndio e pela mecanização da agricultura, promovendo vários problemas, principalmente ligados às questões ambientais e sociais, como por exemplo: desmatamento para expansão agrícola, poluição dos rios, devido ao uso intenso de agrotóxicos, desemprego rural, devido à mecanização agrícola, conflito de terra e inviabilização da competitividade dos pequenos proprietários, e o êxodo rural, entre outros. Esses problemas estão cada dia mais presentes em nossa realidade socioeconômica.