sexta-feira, 28 de junho de 2013

A UNIÃO DAS DIFERENÇAS FAZ A DIFERENÇA.


Bom dia meus queridos!
Quem já estudou com o Tio San A Nova Organização do Espaço Mundial (os acontecimentos que alteraram o espaço geográfico mundial) sabe o quanto nossas aulas são acaloradas e repletas de discussões. Assisti um vídeo que me fez pensar, ainda mais, o quanto as diferenças quando unidas, podem produzir belezas diversas. 
Nesses tempos de manifestações populares (o mérito é de vocês) e projetos que tratam a "cura gay", gostaria muito de compartilhar com vocês o vídeo da música “Wind of Change”, um grande sucesso da década de 90 da banda alemã Scorpions. Composta pelo vocalista que se inspirou nos "ventos de mudança" que atingiam a Europa, com a Guerra Fria terminando, o fim da União Soviética e a queda do Muro de Berlim.
Aprendemos que o muro de Berlim foi derrubado, como um marco da reunificação da Alemanha. Esse muro dividia a cidade de Berlim ao meio. O lado ocidental era capitalista e o lado oriental era socialista. 
O maior sucesso musical do lado ocidental nessa época era o rock e a banda de maior sucesso era o Scorpions. No lado oriental, socialista, era proibido tocar rock. O maior sucesso musical era a orquestra filarmônica de Berlim Oriental e a música clássica era o único estilo musical nas rádios. 
Quando o muro de Berlim foi ao chão, os integrantes da banda Scorpions sugeriram que fizessem um show juntos com a orquestra filarmônica de Berlim Ocidental como um símbolo da integração entre os dois povos.
A princípio, a ideia foi considerada absurda em função das diferenças que existem entre os dois grupos musicais. A começar pela forma de se vestir. Os músicos da orquestra se vestem de fraque enquanto os músicos da banda de rock se vestem de casacos de couro. O maestro deu a solução para o problema: ele mandou fazer um fraque de couro. Dessa forma, ele não deixaria de ser maestro e se aproximaria dos músicos da banda de rock. Da mesma forma, o baixista do Scorpions vestiu um terno sem gravata e deixou-o aberto, aparecendo o peito. O terno era para se aproximar dos músicos da orquestra e o peito aberto era para reforçar a identidade de roqueiro. Da mesma forma, os produtores duvidaram que eles pudessem integrar numa mesma música bateria, violino, guitarra, flauta doce, contrabaixo e harpa. A solução que eles deram foi: quando os instrumentos "barulhentos" como a bateria e a guitarra tivessem de tocar, os instrumentos suaves como a harpa e a flauta doce se calariam e quando todos tivessem que tocar juntos, tocariam a mesma melodia para ganharem mais força. Ensaiaram seis meses e conseguiram gravar juntos, seu CD de maior sucesso ‘Moments of Glory’
Vamos usar esse feito para refletirmos sobre as possibilidades de integrar diferenças. Esse show nos mostra que quando há respeito, diferenças juntas geram resultados inimagináveis!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

7º ANO - MATÉRIA PARA PROVA - 2º BIMESTRE

LEMBRETE!

Olá galerinha! Como sempre, nossa prova abordará questões focadas em nossos principais debates em sala.

A PUBLICAÇÃO NO BLOG É SÓ MAIS UMA FORMA DE AJUDAR, JÁ CONVERSAMOS EM SALA, A REVISÃO JÁ FOI FEITA, MAS É SEMPRE BOM REFORÇAR.

FALE COM OS AMIGOS (TIVEMOS FALTAS NA AULA DE REVISÃO)

PARA PROVA:

AULAS 1 e 2 (DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL)
ESPAÇO RURAL BRASILEIRO (PGs 1 e 2)

Vou listar os temas que mais discutimos neste período:

> Estrutura fundiária
> Reforma Agrária
> Pecuária brasileira (Tecnologia no campo e Boi Verde)
> O neoliberalismo no Brasil
> Indicadores Sociais e Econômicos:
> IDH
> Balança Comercial (Déficit/Superávit)
> PIB e PNB

Espero ter ajudado, estudem o suficiente.

Um beijão do Tio San e estarei torcendo por vocês!


OBS.: Lembrando que a 2ª chamada será a matéria de todo o bimestre. 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL BRASILEIRO (aula 2)



Ao final de seu segundo mandato no ano de 2002, Fernando Henrique não conseguiu expressar as suas políticas consolidadas em propostas concretas para o seu sucessor. Em resposta, a população brasileira elegeu Luís Inácio Lula da Silva, cuja eleição configurou um momento histórico para o país em razão do seu passado pobre e origem humilde. O ex-sindicalista Lula apostou no seu carisma e populismo para introduzir grandes projetos sociais (Fome Zero, Bolsa Família) e estruturais PAC (Programa de Aceleração do Crescimento Econômico). No plano político e em busca de uma maior governabilidade, Lula, do Partido dos Trabalhadores, buscou uma aliança com o PMDB, partido evidentemente voltado à elite agrária do Brasil.
Apesar de um conjunto de ideias diferente do governo anterior e da retórica (arte de falar bem) pautada em questões sociais, o governo de Lula ficou bastante marcado pela manutenção da estabilidade econômica e pelo aproveitamento de circunstâncias  internacionais favoráveis ao crescimento dos países emergentes e à valorização de nossas commodities (mercadorias; produtos primários, negociáveis em bolsas de valores). O país perpetuou a vocação agroexportadora com destaque para a soja e o minério de ferro, assim como o fortalecimento das companhias e corporações que atuam no setor primário. Durante o decorrer do seu segundo mandato, Lula conseguiu projetar o Brasil como uma potência regional e um dos mais importantes países emergentes. Em 2010, esse clima de euforia repercutiu na vitória dos governistas nas eleições presidenciais, levando a economista Dilma Rousseff à Presidência da República.
Se considerarmos o período correspondente aos mandatos de Fernando Henrique e de Lula, o Brasil realmente definiu uma posição privilegiada no cenário político mundial. A estabilidade econômica iniciada pelo governo de Fernando Henrique, juntamente com as melhorias sociais e a maior credibilidade internacional conquistada pelo governo Lula, não encerraram as desigualdades existentes no país ou mesmo modernizaram plenamente a nossa estrutura produtiva, mas apontaram novos rumos para uma nação que esteve muito tempo atrelada apenas ao atraso econômico, corrupção crônica e ao endividamento externo.

Analisando alguns termos...

PIB e PNB
Um dos principais indicadores que demonstram a realidade econômica de um país ou região é o PIB (Produto Interno Bruto). Tal indicador nada mais é do que a mensuração de todos os bens e serviços, ou seja, de toda a riqueza produzida. Uma das maiores confusões em relação ao PIB é a diferença entre o mesmo e outro importante indicador econômico: o PNB (Produto Nacional Bruto).
Embora o conceito de PIB seja preferido na maior parte do mundo, como no Brasil e Grã Bretanha, o PNB é utilizado especialmente em determinados países, como nos Estados Unidos, por exemplo.
O PIB representa todas as riquezas produzidas dentro das fronteiras de uma região, independentemente do destino dessa renda. O conceito de PIB também descarta a entrada de verbas do exterior. O que é levado em consideração é simplesmente aquilo que é produzido dentro das fronteiras da região ou país.
Já o PNB considera todos os valores que um país, por exemplo, recebe do exterior, além das riquezas que foram apropriadas por outras economias, ou seja, os valores que saem. É justamente essa a diferença: o PNB considera as rendas enviadas e recebidas do exterior, enquanto o PIB, não.
Desta forma, em países em desenvolvimento, como o Brasil, o PNB normalmente é menor que o PIB, uma vez que as transnacionais enviam grande parte de seus lucros para seus países de origem. Da mesma forma, em países com muitas empresas de atuação global, como nos Estados Unidos, o PNB tende a ser maior, já que há uma grande absorção dos lucros gerados por suas empresas no exterior.

Balança Comercial
Balança comercial é um termo econômico que representa o resultado das importações e exportações de bens entre os países. 
Dizemos que a balança comercial de um determinado país teve um superávit (positiva ou favorável), quando este exporta (vende para outros países) mais do que importa (compra de outros países). Do contrário, dizemos que a balança comercial teve um déficit, isto é, foi deficitária (negativa ou desfavorável). 
A balança comercial favorável apresenta vantagens para um país, pois atrai moeda estrangeira, além de gerar empregos dentro do país exportador.
Em 2012, o saldo da balança comercial brasileira foi positivo (superavitário) em US$ 19,43 bilhões. Neste ano, o Brasil exportou US$ 242,58 bilhões e importou US$ 223,14 bilhões.

INDICADORES SOCIAIS

Os indicadores sociais são meios utilizados para designar os países como sendo: Desenvolvidos), em Desenvolvimento ou Subdesenvolvidos. Com isso, organismos internacionais analisam os países segundo a: Expectativa de vida, Taxa de mortalidade, Taxa de mortalidade infantil (que morreram antes de completar 01 ano), Taxa de analfabetismo, Renda per capita, Saúde, Alimentação, Condições médico-sanitárias, Qualidade de vida e acesso ao consumo (Correspondem ao número de carros, de computadores, televisores, celulares, acesso à internet entre outros).

IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)

O IDH foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) para tentar medir o grau econômico e, principalmente, como as pessoas estão vivendo nos países de todo o mundo.
O IDH avalia os países em uma escala de 0 a 1. O índice 1 não foi alcançado por nenhum país do mundo, pois tal índice iria significar que determinado país apresenta uma realidade quase que perfeita, por exemplo, uma elevada renda per capita, expectativa de vida de 90 anos e assim por diante.
Também é bom ressaltar que não existe nenhum país do mundo com índice 0, pois se isso ocorresse era o mesmo que apresentar, por exemplo, taxas de analfabetismo de 100% e todos os outros indicadores em níveis desastrosos.

COMÉRCIO EXTERIOR
Os maiores parceiros do Brasil no comércio exterior são a União Europeia, os Estados Unidos da América, o MERCOSUL e a China.
Atualmente o Brasil é a 7° maior economia mundial, de acordo com os critérios de Produto Interno Bruto diretamente convertido a dólares estadunidenses, e está entre as 10 maiores economias mundiais, sendo a maior da América Latina, e está na 85° posição no ranking do IDH com 0,73.
O primeiro produto que moveu a economia do Brasil foi o açúcar, durante o período de colônia, seguindo pelo ouro na região de Minas Gerais. Já independente, um novo ciclo econômico surgiu, agora com o café. Esse momento foi fundamental para o desenvolvimento do Estado de São Paulo, que acabou por tornar-se o mais rico do país.
Apesar de ter, ao longo da década de 90, um salto qualitativo na produção de bens agrícolas, alcançando a liderança mundial em diversos insumos (bem ou serviço utilizado na produção), com reformas comandadas pelo governo federal, a pauta de exportação brasileira foi diversificada, com uma enorme inclusão de bens de alto valor agregado como joias, aviões, automóveis e peças de vestuário.
Atualmente o país está entre os 20 maiores exportadores do mundo entre produtos e serviços. A expectativa é que o Brasil esteja entre as principais plataformas de exportação (economias que produzem para exportar) do mundo.
Em 2004 o Brasil começou a crescer, acompanhando a economia mundial. O governo diz que isto se deve a política adotada pelo presidente Lula, grande parte da imprensa reclama das altas taxas de juros adotadas pelo governo. No final de 2004 o PIB cresceu 5,7%, a indústria cresceu na faixa de 8% e as exportações superaram todas as expectativas.
O Brasil é visto pelo mundo como um país com muito potencial assim como a Índia, Rússia e China. A política externa adotada pelo Brasil prioriza a aliança entre países subdesenvolvidos para negociar com os países ricos.

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL

Boa parte dos problemas sociais existentes em nosso país é causada pela má distribuição de renda e essa é uma realidade que nos acompanha há séculos, desde a época em que o Brasil era colonizado pelos portugueses.
Hoje, boa parte do capital nacional se encontra acumulado nas mãos de um pequeno grupo e o restante da população sofre para conseguir se sustentar e ter acesso às suas necessidades básicas, como saúde, educação e lazer.
Se houvesse um maior investimento nesses setores, talvez a nossa sociedade não estivesse tão carente de cuidados básicos, entretanto, a elite sempre continuará se importando com a própria elite, enquanto isso, nós somos obrigados a nos sacrificar para termos uma melhor qualidade de vida.
No entanto o Sistema Tributário Nacional é um órgão responsável para a distribuição de renda que é arrecadada por meio de tributos pagos pelos brasileiros, já que mesmo é um dos recursos que se destaca para financiamentos de serviços públicos prestados no Brasil.
E como sabemos este é um dos assuntos que deixam os economistas mais intrigados ainda no qual devem medir o resultado das atividades econômicas, ou seja, a avaliação deve ser feita corretamente para que possa saber corretamente a quantidade de riqueza que é produzida.
E uma das formas mais comuns de se realizar esta consulta é medindo o desempenho da economia do país pela análise do PIB. Sendo assim, a concentração de renda do país não sofreu nenhuma alteração no decorrer das quatro últimas décadas, onde os seus índices ficaram oscilando entre as 10 últimas posições do mundo onde começou a apresentar os primeiros sinais de melhora somente no ano de 2001, já que nos últimos anos o país tem conseguido aliar o crescimento econômico com a redução da desigualdade.

Algumas das estatísticas apontam que somente a partir do ultimo trimestre do ano de 2002 a distribuição de renda no Brasil começou a melhorar lentamente, e no ano de 2004 aconteceu o primeiro avanço significativo para a diminuição da desigualdade econômica no país.

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL BRASILEIRO (aula 1)



Nos últimos 50 anos, as chamadas economias em desenvolvimento alcançaram níveis expressivos de industrialização e urbanização, formando uma classe alta nacional e uma classe média de assalariados com renda relativamente elevada. Esse momento pode ser compreendido através de dois pressupostos: a participação do Estado como empresário e a atração de empresas transnacionais.
Após a década de 1950, ocorreu no Brasil o processo de internacionalização da economia, com grande participação do Estado como empresário e no desenvolvimento de infraestrutura (transportes, energia, portos) e políticas de incentivos fiscais. Todos esses fatores, aliados à disponibilidade de mão de obra barata, mercado consumidor crescente e acesso a matérias-primas e fontes de energia, atraíram empresas transnacionais para o território brasileiro. Houve uma grande ampliação do parque industrial, principalmente indústrias de bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos).
O país conheceu a sua industrialização tardia, com um sistema produtivo tradicional que considerava a capacidade de produção e os grandes parques industriais como fundamentos para a atividade industrial. Esse padrão concretizado com o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) foi ampliado pela ditadura militar (1964-1985). Os militares criaram obras estruturais em diferentes regiões brasileiras, a destacar as usinas hidrelétricas e as rodovias. Muitos municípios do interior do estado de São Paulo começaram a desenvolver seus distritos industriais. Durante a década de 1970, ocorreu o “milagre econômico brasileiro”, que elevou o país à posição de 8ª economia mundial no ano de 1973, com taxas anuais de crescimento em torno de 10%.
No caso brasileiro, o modelo adotado trouxe crescimento econômico para o país, mas não foi capaz de promover o desenvolvimento econômico regional. O aumento de renda per capita de um país nem sempre representa avanços na qualidade de vida. O crescimento que o Brasil obteve, principalmente durante o período correspondente ao regime militar, construiu um cenário técnico e logístico para o desenvolvimento, mas não o privilegiou.
A partir da década de 1980, ocorreu o esgotamento da capacidade do Estado em promover o desenvolvimento industrial - fim do Estado empresário - devido às políticas econômicas mal sucedidas que aumentaram a dívida externa e a inflação. No plano externo, os países desenvolvidos começaram a adotar medidas neoliberais, isto é, reduzindo o papel do Estado na sua participação em determinados setores econômicos.
O Brasil iniciou, a partir da década de 1990, um acelerado programa de abertura econômica conduzido pelo governo Fernando Collor. Através da redução de alíquotas de importações, desregulamentação do Estado, privatizações das empresas estatais e diminuição de subsídios, mudanças profundas foram implementadas na estrutura industrial do país. Apesar de estimular a competitividade, muitas pequenas e médias empresas não tiveram suporte técnico e financeiro para se adaptarem a essas transformações. Até os dias atuais, a principal dificuldade enfrentada pelos pequenos e médios empreendedores no Brasil é que os investimentos em tecnologia e o crédito necessário para a efetuação de qualquer base de estruturação produtiva ainda dependem do resguardo estatal. Enfim, o país abraçou o neoliberalismo econômico como política de Estado.
Seus efeitos foram positivos para alguns setores, que se tornaram mais competitivos, mas nocivos para outros, devido à falta de credibilidade das instituições envolvidas nesse processo e pela maneira como foram conduzidas algumas políticas públicas, principalmente no que tange às privatizações. A falta de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, essenciais para o desenvolvimento econômico de uma nação, também não foram privilegiados.
Em 1991, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai assinaram o Tratado de Assunção, que fundou o bloco econômico Mercosul (Mercado Comum do Sul), para por fim a algumas barreiras alfandegárias e fomentar políticas econômicas entre os países membros. A criação do bloco representou mais uma etapa da abertura econômica brasileira, ainda que a integração permanecesse restrita aos países vizinhos e com os quais o Brasil já detinha muitos laços comerciais.
As transformações decorrentes das políticas do governo Collor introduziram no país algumas ideias neoliberais, que podem ser sintetizadas como sendo uma redução da participação do Estado como regulador da economia e maior liberdade de atuação de empreendedores privados e do capital internacional. A curta passagem de Itamar Franco como presidente, após o impeachment de Collor em 1992, ficou caracterizada como uma preparação para o Plano Real, que culminou na eleição do sociólogo e professor Fernando Henrique Cardoso em 1994, um dos idealizadores desse projeto.
Na esfera ideológica, FHC, como ficou conhecido o ex-presidente, buscou uma política nitidamente sintonizada com as práticas neoliberais, acelerando o processo de privatizações e buscando descentralizar a administração em diversos segmentos da sociedade. A política de juros altos – o Brasil até os dias atuais pratica as maiores taxas de juros do mundo – foi fortalecida para impedir a desvalorização do Real e combater a inflação. Com os juros altos, o país poderia atrair uma maior quantidade de dólares para o mercado brasileiro. Com mais reservas em dólares, o dinheiro brasileiro ficava relativamente valorizado e o país também ganhava confiabilidade junto aos credores internacionais.

Infelizmente, nem todo investimento que chegou até o Brasil naquele momento foi produtivo, isto é, aquele que atravessa de alguma maneira uma cadeia econômica de produção, seja na indústria, na agricultura ou outro segmento qualquer. Muitos capitais que ingressaram no território brasileiro foram meramente especulativos: nada produziram senão rendimentos para banqueiros e investidores internacionais.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Filme: A história do Comando Vermelho


Favelas do Rio ainda são sinônimo de estigmas


ESTADÃO
Favelas do Rio ainda são sinônimo
de estigmas
Estudo dos anos 1960 publicado no 'Estado' mostrava que comunidades eram vistas como
algo a ser combatido; 50 anos depois, visão não mudou
09 de dezembro de 2012 | 2h 02
ANTONIO PITA / RIO - O Estado de S.Paulo
De espaço de pobreza extrema e marginalidade ao centro de uma economia
dinâmica, que movimenta R$ 13 bilhões por ano. Em 50 anos, as favelas
cariocas passaram por grandes transformações, mas ainda não perderam o
estigma de ilegalidade e exclusão que acompanha seus moradores.
A conclusão é do mais recente estudo sobre o tema, Favelas Cariocas Ontem e
Hoje, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que analisa a evolução
dessas comunidades desde 1960. O livro será lançado na terça-feira no Rio.
O ponto de partida para as análises da obra é uma pesquisa publicada naquele
ano pelo Estado - a primeira do gênero. Até hoje considerado um marco,
Aspectos Humanos da Favela Carioca consumiu 3 anos de pesquisas, entrevistas
com moradores de 16 favelas do Rio e análise de dados do Censo. O resultado foi
publicado em dois cadernos do Estado, com 88 páginas, que serão reproduzidos
no livro.
Favelas Cariocas Ontem e Hoje reúne artigos com análises históricas. Em 1950,
eram 105 favelas com cerca de 280 mil moradores. Hoje, o Rio tem mais de 760
favelas com cerca de 1,4 milhão de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa do Instituto Data Popular aponta que
66% dos moradores de favela são da classe C, com renda per capita de R$ 291 a
R$ 1.019. Nas classes A e B, com renda acima de R$ 1.020, são 13% - contra 1%
em 2001.
"As favelas sempre foram vistas como local de criminalidade e precariedade,
ocupação ilegal e provisória. Hoje, muitos moradores têm títulos de propriedade,
pagam impostos, melhoraram de renda, mas ainda são associados a esses
estigmas", afirma o pesquisador e um dos organizadores do livro, Marco
Antonio Mello, da UFRJ.
À época do primeiro estudo, a percepção dominante na sociedade era de que as
favelas eram uma anomalia a ser combatida. Apenas 37% das casas eram de
alvenaria, um terço dos barracos tinha acesso a água encanada e 58% das casas
tinham geladeira.
"Era tudo de barro", lembra Natália de Souza, de 50 anos, que há mais de 30
anos chegou à Favela Dona Marta, na zona sul. Ela até hoje não possui geladeira
nem TV. A água falta a cada dois dias. A favela é considerada modelo pela
prefeitura. À primeira vista, os R$ 27,7 milhões investidos se restringiram à
parte baixa e mais visível do morro. No alto, onde Natália mora, a
transformação urbanística não chegou.

Matéria do VESTIBURELA II 2013 (MAIS AS ANOTAÇÕES FEITA NO CADERNO, EXERCÍCIOS E PESQUISAS PARA CASA)


INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

O Brasil é considerado um país emergente ou em desenvolvimento, apesar disso está quase um século atrasado industrialmente e tecnologicamente em relação às nações que ingressaram no processo de industrialização no momento em que a Primeira Revolução Industrial entrou em vigor, como Inglaterra, Alemanha, França, Estados Unidos, Japão e outros. 
As indústrias no Brasil se desenvolveram a partir de mudanças estruturais de caráter econômico, social e político, que ocorreram principalmente nos últimos trinta anos do século XIX. O conjunto de mudanças aconteceu especialmente nas relações de trabalho, com a expansão do emprego remunerado que resultou em aumento do consumo de mercadorias, a abolição do trabalho escravo e o ingresso de estrangeiros no Brasil como Italianos, Alemães, Japoneses dentre muitas outras nacionalidades, que vieram para compor a mão de obra, além de contribuir no povoamento do país como ocorreu na região sul. Um dos maiores acontecimentos no campo político foi a proclamação da República, diante desses acontecimentos históricos o processo industrial brasileiro passou por quatro etapas.

• Primeira etapa: essa ocorreu entre 1500 e 1808 quando o país ainda era colônia, dessa forma a metrópole não aceitava a implantação de indústrias, salvo em casos especiais como os engenhos, e produção em regime artesanal. 

• Segunda etapa:  corresponde a uma fase que se desenvolveu entre 1808 a 1930, que ficou marcada pela chegada da família real portuguesa em 1808. Nesse período foi concedida a permissão para a implantação de indústria no país a partir de vários requisitos, dentre muitos, a criação, em 1828, de um tributo com taxas de 15% para mercadorias importadas e, em 1844, a taxa tributária foi para 60%, denominada de tarifa Alves Branco. Outro fator determinante nesse sentido foi o declínio do café, momento em que muitos fazendeiros deixaram as atividades do campo e, com seus recursos, entraram no setor industrial que prometia grandes perspectivas de prosperidade, as primeiras empresas limitavam-se à produção de alimentos, têxtil, além de velas e sabão, em suma tratava-se de produtos sem grandes tecnologias empregadas.

• Terceira etapa: período que ocorreu entre 1930 e 1955, momento em que a indústria recebeu muitos investimentos dos ex-cafeicultores e também em logística, ou seja, construção de vias de circulação de mercadorias, matérias-primas e pessoas, isso proveniente das evoluções nos meios de transporte que facilitou a distribuição de produtos para várias regiões do país, muitas ferrovias que anteriormente transportavam café, nessa etapa passaram a servir os interesses industriais. Foi instalada no país a Companhia Siderúrgica Nacional, construída entre os anos de 1942 e 1947, empresa de extrema importância no sistema produtivo industrial, uma vez que abastecia as indústrias com matéria-prima, principalmente metais. No ano de 1953, foi instituída uma das mais promissoras empresas estatais: a PETROBRAS. Durante este período, a indústria também se beneficiou com o final da Segunda Guerra Mundial (1939-45), pois, os países europeus, estavam com suas indústrias arrasadas, necessitando importar produtos industrializados de outros países, entre eles o Brasil.
Com a criação da Petrobrás (1953), ocorreu um grande desenvolvimento das indústrias ligadas à produção de gêneros derivados do petróleo (borracha sintética, tintas, plásticos, fertilizantes, etc).

• Quarta etapa: teve início em 1955, e segue até os dias de hoje. Essa fase foi promovida inicialmente pelo presidente Juscelino Kubitschek que promoveu a abertura da economia e das fronteiras produtivas, permitindo a entrada de recursos em forma de empréstimos e também em investimentos com a instalação de empresas multinacionais. Com o ingresso dos militares no governo do país, no ano de 1964, as medidas produtivas tiveram novos rumos, dentre muitos a intensificação da entrada de empresas e capitais de origem estrangeira comprometendo o crescimento autônomo do país, isso resultou no incremento da dependência econômica, industrial e tecnológica em relação aos países de economias consolidadas. No fim do século XX houve um razoável crescimento econômico no país, promovendo uma melhoria na qualidade de vida da população brasileira, além de maior acesso ao consumo, proporcionou também a estabilidade da moeda, além de outros fatores que foram determinantes para o progresso gradativo do país. 

Últimas décadas do século XX
Nas décadas 70, 80 e 90, a industrialização do Brasil continuou a crescer, embora, em alguns momentos de crise econômica, ela tenha estagnado. Atualmente o Brasil possui uma boa base industrial, produzindo diversos produtos como, por exemplo, automóveis, máquinas, roupas, aviões, equipamentos, produtos alimentícios industrializados, eletrodomésticos, etc. Apesar disso, a indústria nacional ainda é dependente, em alguns setores, (informática, por exemplo) de tecnologia externa.

  Desconcentração industrial

Diante de tais distorções regionais no território brasileiro e problemas socioespaciais gerados pelo modelo concentrador do processo industrial na região Sudeste, o planejamento estatal desenvolveu, paulatinamente, na década de 1970, uma série de incentivos fiscais para a desconcentração industrial, levada a cabo regionalmente pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
Mas é na década de 1990 que a desconcentração industrial no país vai se intensificar. Apoiada pela maior abertura econômica e pelo desenvolvimento técnico-científico (informática e comunicação), sem esquecer as mudanças constitucionais de 1988 - que concederam aos estados e municípios maior autonomia na definição dos impostos cobrados às empresas -, esse processo de desconcentração acabou gerando o que os geógrafos chamam de "Guerra dos Lugares", ou seja, uma disputa entre estados e municípios, com a intenção de atrair grandes empresas a partir da diminuição ou isenção de impostos.

domingo, 19 de maio de 2013

ORIENTAÇÃO - TRABALHO - CONFLITOS NO BRASIL


GEOGRAFIA - 7º ANO
Projeto: Conflitos-Guerra e Paz

Tema: Conflitos atuais no Brasil

Favelas: Consequência de uma urbanização mal planejada no Rio de Janeiro e “aproveitada” pela criminalidade e pelos governos. Quem perde e quem ganha?


Objetivo: Mostrar ao público que a favela não é um lugar criado pelos bandidos e para os bandidos, e sim, um espaço geográfico que foi transformado em palco principal nos conflitos da cidade do Rio de Janeiro.

Introdução (Abordagem)

·         A Primeira parte do trabalho (Cartolina) será utilizada como parte expositiva da introdução

·         A incompetência dos governos que não se mobilizaram para resolver este “problema” urbano.

Desenvolvimento (Abordagem)

·         Quando e como o crime organizado (facções criminosas) se instala nas favelas

·         As favelas tornam-se reduto do trafico de drogas, “sustentado” pelo poder público

·         A violência no Rio de Janeiro torna-se um problema crônico, e se espalha por todas as direções da cidade.                  

Conclusão (Abordagem)

·         Projetos e ações do governo: UPP (Unidades de Policia Pacificadora)  

·         Migração da criminalidade: Mais um capítulo dos conflitos no Brasil

·         O atual cenário da violência no Rio de Janeiro

TODOS OS ALUNOS DEVERÃO PARTICIPAR DESTA 2ª PARTE DO TRABALHO.

Nesta etapa o trabalho será feito da seguinte forma:

Alunos que IRÃO APRESENTAR o trabalho na quadra dia 27/05: RESUMO ESCRITO MAIS UMA APRESENTAÇÃO EM SLIDES (tópicos e imagens).

Alunos que NÃO irão apresentar: MESMO MODELO DA 1ª PARTE, SÓ QUE AGORA EM UM PLANO (MATERIAL) MAIOR, COMO O PAPEL 40 QUILOS POR EXEMPLO.


O sucesso do trabalho dependerá do empenho de cada um.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

CONTINUAÇÃO 15/04/2013


Continuação...

Países subdesenvolvidos industrializados (emergentes)
Base > estreitando
Corpo > expressivo
Topo > aumentando

Situação econômica intermediária
Indicadores sociais melhorando
Demonstra que o país está no caminho certo.

MIGRAÇÃO > Deslocamento populacional
Motivos: religiosos, políticos, desastres naturais, mas principalmente econômico.
EMIGRANTES > pessoas que saem do seu país de origem
IMIGRANTES > pessoas que chegam em outros países

ALGUNS TIPOS DE MIGRAÇÃO INTERNA:
Sazonal (temporário) > acontecem durante alguns períodos (como por exemplo, o casos dos nordestinos que fogem da seca em algumas épocas do ano)
Pendular > diária, para trabalho e/ou estudo, por morarem longe das cidades grandes.
                      >esse tipo de migração produz as chamadas CIDADES DORMITÓRIO (caso de Paracambi)
                 >as cidades menores não oferecem condições socioeconômicas suficientes para todos os seus moradores.
Êxodo Rural > Deslocamento das populações rurais para espaços urbanos (cidades)
                          >provocado pela mecanização do campo
                          > procura de emprego
                          > melhores condições de vida
Acaba gerando também problemas sociais >>> superpovoamento das cidades – surgimento de periferias, e processo de favelização >>> os que não conseguem um emprego “fixo” acabam na economia informal.

MAIS TRABALHO BIMESTRAL.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

APOIO - Demografia


Texto elaborado e complementar às explicações em sala de aula e, como revisão, para os demais alunos que necessitarem.


DEMOGRAFIA→ Corresponde à área da ciência geográfica que estuda a dinâmica da população humana.

. POPULAÇÃO→ Conjunto de pessoas que vive em um determinado espaço, seja este sob a dimensão mundial, de um continente, de um país, de uma região, um estado ou uma outra área específica.


Em geral, em uma análise demográfica, são utilizadas as seguintes variáveis básicas: tamanho, estrutura e crescimento da população.

1. TAMANHO DA POPULAÇÃOSubtende-se, como tamanho de uma população, o número de pessoas que residem em um determinado espaço.

. POPULAÇÃO ABSOLUTA→ Trata-se do número total de habitantes de um determinado lugar.

Utilizamos o adjetivo populoso, quando nos referimos à população absoluta.

. POPULAÇÃO RELATIVA→ Trata-se do número de habitantes por quilômetro quadrado (Km2), ou seja, ela consiste na distribuição da população em relação à área. A população relativa é também denominada de Densidade Demográfica.
Sendo assim, a população relativa ou densidade demográfica de um determinado lugar é obtida através da divisão do número da população absoluta pela área territorial do espaço:

População Relativa = População Absoluta /Área Territorial
Utilizamos o adjetivo povoado, quando nos referimos à população relativa ou à densidade demográfica.

O recenseamento ou censo demográfico consiste na coleta periódica de dados estatísticos da população de um determinado lugar.

O primeiro censo oficial do Brasil foi efetuado em 1872. Antes deste, o levantamento da população contava, também, com os dados fornecidos pela Igreja. Os registros paroquiais auxiliavam para a contagem da população através do número de nascimentos, batismos e óbitos (mortes).

O levantamento demográfico do Brasil passou a ser realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE ( http://www.ibge.gov.br/ ), em 1936, ano em que a Instituição foi criada.

Os censos do IBGE são realizados com periodicidade decenal, isto é, são feitos de 10 em 10 anos, tendo o último ocorrido em 2000. Além destes levantamentos, entre o intervalo de dois recenseamentos é realizada uma contagem da população.

No entanto, por razões orçamentárias e financeiras, a contagem da população, planejada para o ano de 2005, foi transferida para o ano de 2007.

Quando falamos em população devemos ter em mente que os dados levantados são, na verdade, estimativas, tendo em vista os seguintes aspectos: o número elevado de crianças não registradas no país e as dificuldades de acessibilidade dos agentes recenseadores às casas localizadas em áreas de risco (violência) etc.

. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA POPULAÇÃOA distribuição geográfica da população na superfície terrestre não se caracteriza de maneira uniforme, tendo em vista a ocorrência de diferentes fatores que se apresentam como fatores de favoráveis e/ou de desfavoráveis à ocupação humana. Fatores estes, que podem ser de origem natural e/ou antrópicas.
Entre aqueles que se apresentam como fatores favoráveis destacam-se: os vales fluviais, a região litorânea, as áreas próximas aos grandes centros urbanos etc.

Em contrapartida, outros elementos se configuram como obstáculos, isto é, desfavoráveis à ocupação e fixação do homem e, entre estes, se destacam principalmente os de origem natural (áreas pantanosas, de condições climáticas rigorosas, áreas áridas ou desérticas, florestas, áreas montanhosas etc.).

Em função dos fatores favoráveis, podemos observar Áreas Ecúmenas, que consistem em espaços de fácil fixação e ocupação humana, isto é, áreas de condições habitáveis.

Em contrapartida, temos as chamadas Áreas Anecúmenas, que correspondem às áreas de difícil fixação do homem, as quais se configuram como vazios demográficos.

O fato de o Brasil ser o quinto país mais populoso do mundo, mas apresentar uma densidade demográfica baixa, com cerca de 22 hab/Km2 (2007), é justificada em razão da ocorrência de áreas anecúmenas em território brasileiro, como a Floresta Amazônica, o sertão nordestino, o pantanal, entre outros.

2. CRESCIMENTO DA POPULAÇÃOO crescimento populacional corresponde às mudanças que, ao longo do tempo, são verificados no quadro da população sob a influência das entradas e de saídas de pessoas no respectivo espaço.

Neste contexto as entradas significam os nascimentos e as imigrações registradas, enquanto as saídas correspondem ao número de óbitos e emigrações.
Sendo assim, para efeito do crescimento da população, devemos levar em consideração duas variáveis: o crescimento natural ou vegetativo da população (diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade) e o saldo migratório (a diferença entre imigrantes e emigrantes).
. TAXA DE NATALIDADE→ Corresponde à relação entre o número de nascimentos ocorridos em 01 (um) ano e a população absoluta, tendo o resultado expresso, em geral, por mil.

Taxa de Natalidade = número de nascimentos/População Absoluta x 1000
Obs.: Multiplica-se o resultado, em geral, por mil (1.000) para facilitar a leitura e admitir a comparação internacional. Exemplo, um determinado espaço que apresente uma taxa de natalidade equivalente a 25%o (por mil) significa que em um ano, para um grupo de mil habitantes, nasceram vinte e cinco crianças vivas.

. TAXA DE MORTALIDADE→ Corresponde à relação entre o número de óbitos ocorridos em 01 (um) ano e a população absoluta, tendo o resultado expresso por mil.
Taxa de Mortalidade = número de óbitos/População Absoluta x 1000. TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL→ Trata-se da relação do número de crianças, de até 1 (um) ano de idade, que morrem para cada grupo de mil nascidas vivas.
. TAXA DE FECUNDIDADE→ Corresponde à média de filhos, por mulher, na idade de reprodução.

Essa faixa de idade se inicia, em geral, aos 15 anos. Todavia, em muitos países como o Brasil, por exemplo, onde é comum meninas, abaixo dessa idade, terem filhos, esta taxa pode ficar um pouco distorcida.

. EXPECTATIVA DE VIDA→ Consiste no índice que expressa a quantidade de anos que vive, em média, a população.

Este é um índice muito utilizado para análise do nível de desenvolvimento dos países.
3. ESTRUTURA DA POPULAÇÃOTrata da composição da população em relação a fatores como etnia (estrutura étnica), idade e sexo (estrutura etária) e ocupação profissional (população ativa e inativa).
. ESTRUTURA ÉTNICAA distinção dos indivíduos pela cor através da classificação geral de raças branca, negra, amarela e mestiça é, ainda, um fato muito controverso.

Hoje, em dia, emprega-se muito mais o termo etnia do que raça, uma vez que a primeira expressa não expressa só a cor, mas, sobretudo, a cultura de um determinado grupo étnico.

O Brasil é um país caracterizado pela grande miscigenação de grupos étnicos, seja esta advinda dos amarelos nativos (indígenas), dos brancos europeus, dos negros africanos e, ainda, dos mestiços.

Até hoje, a determinação do grupo étnico a qual pertence ou da cor, simplesmente, da pessoa é tarefa nada fácil a ser tratada, principalmente, quando a população apresenta uma grande miscigenação.

E, embora, a Legislação máxima do nosso país garanta que todos os grupos étnicos sejam iguais perante a lei, sabemos que nem sempre o mesmo princípio corresponde na prática.
. ESTRUTURA ETÁRIAA composição da população, em termos de idade e sexo, é representada através de gráficos sob a forma de pirâmides etárias.
Os principais elementos de uma pirâmide etária são:
- Base (parte inferior, representando a população jovem);
- Corpo (parte intermediária/representando a população adulta);
- Cume ou ápice (parte superior/ representando a população idosa);

- Ordenada (grupos ou faixas de idade);
- Abcissa (quantidade de pessoas em valor absoluto ou porcentagem).
Considera-se para efeito de faixas etárias, os seguintes segmentos:
. 0 a 19 anos: população jovem;
. 20 a 59 anos: população adulta;
. acima de 60 anos: população idosa.
Daí a origem da expressão “terceira idade” voltada para a população idosa.
As pirâmides de “países jovens”, ou seja, onde há elevada proporção de jovens em relação aos demais segmentos, apresentam uma base larga e o cume estreito, demonstrando baixo número de idosos. Este formato de pirâmide caracteriza a estrutura da população da maior parte dos países subdesenvolvidos.

Por sua vez, os chamados “países velhos” são aqueles, cuja estrutura etária configura uma pirâmide de base mais estreita, configurando a baixa porcentagem de jovens e o cume mais largo, tendo em vista a grande proporção de idosos.

O formato da pirâmide etária vai sofrer modificações estruturais em função da evolução demográfica dos países, a qual se encontra interligada ao estágio sócio-econômico vigente.

Notadamente, quando ocorre o desenvolvimento do país, verifica-se um gradativo estreitamento da base da pirâmide e um alargamento tanto do corpo quanto do ápice. Isso decorre em razão da redução da taxa de natalidade e do aumento da expectativa de vida da população. 

Em termos de sexo, na pirâmide etária, os homens são representados à esquerda e mulheres à direita. O eixo vertical representa as idades e o eixo horizontal pode representar o número de habitantes.


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. ESTRUTURA POR OCUPAÇÃO PROFISSIONALO levantamento da estrutura da população, neste aspecto, classifica o indivíduo em dois grupos, levando em consideração a sua situação em termos de ocupação profissional e, também, de idade (no que se refere aos menores de idade). 
Vale ressaltar aqui que o termo ocupação subentende-se em atividade no mercado de trabalho formal (com carteira assinada e todos os direitos trabalhistas assegurados) como o informal (sem registro e direitos trabalhistas).
Sendo assim, a população pode ser classificada em:

. População Economicamente Ativa (PEA): é considerada deste grupo, toda e qualquer pessoa que esteja empregada ou à procura de emprego.

A idade base considerada para o cálculo da PEA, nos países desenvolvidos, é a de 15 anos. No caso do Brasil, a idade é de 16 anos, tendo em vista que a Constituição Brasileira estabelece esta faixa etária como idade mínima para o ingresso no mercado de trabalho.

. População Economicamente Inativa (PEI):faz parte deste grupo, os indivíduos que não estão empregados, como os aposentados, as donas de casa que não exercem atividade econômica remunerada, as crianças e adolescentes que ainda não atingiram a idade mínima para ingressar no mercado e os estudantes.
É importante frisar a importância direta e indiretamente da População Economicamente Ativa sobre a População Economicamente Inativa, pois a mesma é que contribui e assegura condições para a viabilização de investimento sociais, tanto na área de educação, saúde e segurança pública, bem como à aposentadoria.
Marli Vieira
Blog geografia em fo
(Imagem capturada na rede)

EXERCÍCIOS SOBRE CONCEITOS DEMOGRÁFICOS