terça-feira, 13 de agosto de 2013
sexta-feira, 28 de junho de 2013
A UNIÃO DAS DIFERENÇAS FAZ A DIFERENÇA.
Bom dia meus queridos!
Quem já estudou com o Tio San A Nova Organização do Espaço Mundial (os acontecimentos que alteraram o espaço geográfico mundial) sabe o quanto nossas aulas são acaloradas e repletas de discussões. Assisti um vídeo que me fez pensar, ainda mais, o quanto as diferenças quando unidas, podem produzir belezas diversas.
Nesses tempos de manifestações populares (o mérito é de vocês) e projetos que tratam a "cura gay", gostaria muito de compartilhar com vocês o vídeo da música “Wind of Change”, um grande sucesso da década de 90 da banda alemã Scorpions. Composta pelo vocalista que se inspirou nos "ventos de mudança" que atingiam a Europa, com a Guerra Fria terminando, o fim da União Soviética e a queda do Muro de Berlim.
Aprendemos que o muro de Berlim foi derrubado, como um marco da reunificação da Alemanha. Esse muro dividia a cidade de Berlim ao meio. O lado ocidental era capitalista e o lado oriental era socialista.
O maior sucesso musical do lado ocidental nessa época era o rock e a banda de maior sucesso era o Scorpions. No lado oriental, socialista, era proibido tocar rock. O maior sucesso musical era a orquestra filarmônica de Berlim Oriental e a música clássica era o único estilo musical nas rádios.
Quando o muro de Berlim foi ao chão, os integrantes da banda Scorpions sugeriram que fizessem um show juntos com a orquestra filarmônica de Berlim Ocidental como um símbolo da integração entre os dois povos.
A princípio, a ideia foi considerada absurda em função das diferenças que existem entre os dois grupos musicais. A começar pela forma de se vestir. Os músicos da orquestra se vestem de fraque enquanto os músicos da banda de rock se vestem de casacos de couro. O maestro deu a solução para o problema: ele mandou fazer um fraque de couro. Dessa forma, ele não deixaria de ser maestro e se aproximaria dos músicos da banda de rock. Da mesma forma, o baixista do Scorpions vestiu um terno sem gravata e deixou-o aberto, aparecendo o peito. O terno era para se aproximar dos músicos da orquestra e o peito aberto era para reforçar a identidade de roqueiro. Da mesma forma, os produtores duvidaram que eles pudessem integrar numa mesma música bateria, violino, guitarra, flauta doce, contrabaixo e harpa. A solução que eles deram foi: quando os instrumentos "barulhentos" como a bateria e a guitarra tivessem de tocar, os instrumentos suaves como a harpa e a flauta doce se calariam e quando todos tivessem que tocar juntos, tocariam a mesma melodia para ganharem mais força. Ensaiaram seis meses e conseguiram gravar juntos, seu CD de maior sucesso ‘Moments of Glory’
Vamos usar esse feito para refletirmos sobre as possibilidades de integrar diferenças. Esse show nos mostra que quando há respeito, diferenças juntas geram resultados inimagináveis!
quarta-feira, 19 de junho de 2013
7º ANO - MATÉRIA PARA PROVA - 2º BIMESTRE
LEMBRETE!
Olá galerinha! Como sempre, nossa prova abordará questões focadas em nossos principais debates em sala.
A PUBLICAÇÃO NO BLOG É SÓ MAIS UMA FORMA DE AJUDAR, JÁ CONVERSAMOS EM SALA, A REVISÃO JÁ FOI FEITA, MAS É SEMPRE BOM REFORÇAR.
FALE COM OS AMIGOS (TIVEMOS FALTAS NA AULA DE REVISÃO)
PARA PROVA:
AULAS 1 e 2 (DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL)
ESPAÇO RURAL BRASILEIRO (PGs 1 e 2)
Vou listar os temas que mais discutimos neste período:
> Estrutura fundiária
> Reforma Agrária
> Pecuária brasileira (Tecnologia no campo e Boi Verde)
> O neoliberalismo no Brasil
> Indicadores Sociais e Econômicos:
> IDH
> Balança Comercial (Déficit/Superávit)
> PIB e PNB
Espero ter ajudado, estudem o suficiente.
Um beijão do Tio San e estarei torcendo por vocês!
OBS.: Lembrando que a 2ª chamada será a matéria de todo o bimestre.
Olá galerinha! Como sempre, nossa prova abordará questões focadas em nossos principais debates em sala.
A PUBLICAÇÃO NO BLOG É SÓ MAIS UMA FORMA DE AJUDAR, JÁ CONVERSAMOS EM SALA, A REVISÃO JÁ FOI FEITA, MAS É SEMPRE BOM REFORÇAR.
FALE COM OS AMIGOS (TIVEMOS FALTAS NA AULA DE REVISÃO)
PARA PROVA:
AULAS 1 e 2 (DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL)
ESPAÇO RURAL BRASILEIRO (PGs 1 e 2)
Vou listar os temas que mais discutimos neste período:
> Estrutura fundiária
> Reforma Agrária
> Pecuária brasileira (Tecnologia no campo e Boi Verde)
> O neoliberalismo no Brasil
> Indicadores Sociais e Econômicos:
> IDH
> Balança Comercial (Déficit/Superávit)
> PIB e PNB
Espero ter ajudado, estudem o suficiente.
Um beijão do Tio San e estarei torcendo por vocês!
OBS.: Lembrando que a 2ª chamada será a matéria de todo o bimestre.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL BRASILEIRO (aula 2)
Ao final de seu segundo mandato no ano de
2002, Fernando Henrique não conseguiu expressar as suas políticas consolidadas
em propostas concretas para o seu sucessor. Em resposta, a população brasileira
elegeu Luís Inácio Lula da Silva, cuja eleição configurou um momento histórico
para o país em razão do seu passado pobre e origem humilde. O ex-sindicalista
Lula apostou no seu carisma e populismo para introduzir grandes projetos
sociais (Fome Zero, Bolsa Família) e estruturais PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento Econômico). No plano político e em busca de uma maior
governabilidade, Lula, do Partido dos Trabalhadores, buscou uma aliança com o
PMDB, partido evidentemente voltado à elite agrária do Brasil.
Apesar de um conjunto de ideias diferente do
governo anterior e da retórica (arte de falar bem) pautada em questões sociais,
o governo de Lula ficou bastante marcado pela manutenção da estabilidade
econômica e pelo aproveitamento de circunstâncias internacionais favoráveis ao crescimento dos
países emergentes e à valorização de nossas commodities (mercadorias; produtos primários, negociáveis
em bolsas de valores). O país perpetuou a vocação agroexportadora com destaque
para a soja e o minério de ferro, assim como o fortalecimento das companhias e
corporações que atuam no setor primário. Durante o decorrer do seu segundo
mandato, Lula conseguiu projetar o Brasil como uma potência regional e um dos
mais importantes países emergentes. Em 2010, esse clima de euforia repercutiu
na vitória dos governistas nas eleições presidenciais, levando a economista Dilma
Rousseff à Presidência da República.
Se considerarmos o período correspondente
aos mandatos de Fernando Henrique e de Lula, o Brasil realmente definiu uma
posição privilegiada no cenário político mundial. A estabilidade econômica
iniciada pelo governo de Fernando Henrique, juntamente com as melhorias sociais
e a maior credibilidade internacional conquistada pelo governo Lula, não
encerraram as desigualdades existentes no país ou mesmo modernizaram plenamente
a nossa estrutura produtiva, mas apontaram novos rumos para uma nação que
esteve muito tempo atrelada apenas ao atraso econômico, corrupção crônica e ao
endividamento externo.
Analisando alguns termos...
PIB e
PNB
Um dos principais indicadores que demonstram
a realidade econômica de um país ou região é o PIB (Produto Interno Bruto). Tal
indicador nada mais é do que a mensuração de todos os bens e serviços, ou seja,
de toda a riqueza produzida. Uma das maiores confusões em relação ao PIB é a
diferença entre o mesmo e outro importante indicador econômico: o PNB (Produto
Nacional Bruto).
Embora o conceito de PIB seja preferido na
maior parte do mundo, como no Brasil e Grã Bretanha, o PNB é utilizado
especialmente em determinados países, como nos Estados Unidos, por exemplo.
O PIB
representa todas as riquezas produzidas dentro das fronteiras de uma
região, independentemente do destino dessa renda. O conceito de PIB também descarta
a entrada de verbas do exterior. O que é levado em consideração é
simplesmente aquilo que é produzido dentro das fronteiras da região ou país.
Já o PNB
considera todos os valores que um país, por exemplo, recebe do exterior,
além das riquezas que foram apropriadas por outras economias, ou seja, os
valores que saem. É justamente essa a diferença: o PNB considera as rendas enviadas e recebidas do exterior, enquanto o
PIB, não.
Desta forma, em países em desenvolvimento,
como o Brasil, o PNB normalmente é menor que o PIB, uma vez que as transnacionais
enviam grande parte de seus lucros para seus países de origem. Da mesma forma,
em países com muitas empresas de atuação global, como nos Estados Unidos, o PNB
tende a ser maior, já que há uma grande absorção dos lucros gerados por suas
empresas no exterior.
Balança Comercial
Balança comercial é um termo econômico que
representa o resultado das importações e exportações de bens entre os
países.
Dizemos que a balança comercial de um
determinado país teve um superávit (positiva ou favorável), quando este
exporta (vende para outros países) mais do que importa (compra de outros
países). Do contrário, dizemos que a balança comercial teve um déficit, isto é,
foi deficitária (negativa ou desfavorável).
A balança comercial favorável apresenta
vantagens para um país, pois atrai moeda estrangeira, além de gerar empregos
dentro do país exportador.
Em 2012, o saldo da balança comercial
brasileira foi positivo (superavitário) em US$ 19,43 bilhões. Neste ano, o
Brasil exportou US$ 242,58 bilhões e importou US$ 223,14 bilhões.
INDICADORES
SOCIAIS
Os indicadores sociais são meios utilizados
para designar os países como sendo: Desenvolvidos), em Desenvolvimento ou Subdesenvolvidos.
Com isso, organismos internacionais analisam os países segundo a: Expectativa de vida, Taxa de mortalidade, Taxa
de mortalidade infantil (que morreram antes de completar 01 ano), Taxa de
analfabetismo, Renda per capita, Saúde, Alimentação, Condições
médico-sanitárias, Qualidade de vida e acesso ao consumo (Correspondem ao
número de carros, de computadores, televisores, celulares, acesso à internet
entre outros).
IDH
(Índice de Desenvolvimento Humano)
O IDH foi criado pela ONU (Organização das
Nações Unidas) para tentar medir o grau econômico e, principalmente, como as
pessoas estão vivendo nos países de todo o mundo.
O IDH avalia os países em uma escala de 0 a
1. O índice 1 não foi alcançado por nenhum país do mundo, pois tal índice iria
significar que determinado país apresenta uma realidade quase que perfeita, por
exemplo, uma elevada renda per capita, expectativa de vida de 90 anos e assim
por diante.
Também é bom ressaltar que não existe nenhum
país do mundo com índice 0, pois se isso ocorresse era o mesmo que apresentar,
por exemplo, taxas de analfabetismo de 100% e todos os outros indicadores em
níveis desastrosos.
COMÉRCIO
EXTERIOR
Os maiores parceiros do Brasil no comércio
exterior são a União Europeia, os Estados Unidos da América, o MERCOSUL e a China.
Atualmente o Brasil é a 7° maior economia
mundial, de acordo com os critérios de Produto Interno Bruto diretamente
convertido a dólares estadunidenses, e está entre as 10 maiores economias
mundiais, sendo a maior da América Latina, e está na 85° posição no ranking do
IDH com 0,73.
O primeiro produto que moveu a economia do
Brasil foi o açúcar, durante o período de colônia, seguindo pelo ouro na região
de Minas Gerais. Já independente, um novo ciclo econômico surgiu, agora com o
café. Esse momento foi fundamental para o desenvolvimento do Estado de São
Paulo, que acabou por tornar-se o mais rico do país.
Apesar de ter, ao longo da década de 90, um
salto qualitativo na produção de bens agrícolas, alcançando a liderança mundial
em diversos insumos (bem ou serviço utilizado na
produção), com reformas comandadas pelo governo federal, a pauta
de exportação brasileira foi diversificada, com uma enorme inclusão de bens de
alto valor agregado como joias, aviões, automóveis e peças de vestuário.
Atualmente o país está entre os 20 maiores
exportadores do mundo entre produtos e serviços. A expectativa é que o Brasil
esteja entre as principais plataformas de exportação (economias que produzem
para exportar) do mundo.
Em 2004 o Brasil começou a crescer,
acompanhando a economia mundial. O governo diz que isto se deve a política
adotada pelo presidente Lula, grande parte da imprensa reclama das altas taxas
de juros adotadas pelo governo. No final de 2004 o PIB cresceu 5,7%, a
indústria cresceu na faixa de 8% e as exportações superaram todas as
expectativas.
O Brasil é visto pelo mundo como um país com
muito potencial assim como a Índia, Rússia e China. A política externa adotada
pelo Brasil prioriza a aliança entre países subdesenvolvidos para negociar com
os países ricos.
DISTRIBUIÇÃO
DE RENDA NO BRASIL
Boa parte dos problemas sociais existentes
em nosso país é causada pela má distribuição de renda e essa é uma realidade
que nos acompanha há séculos, desde a época em que o Brasil era colonizado
pelos portugueses.
Hoje, boa parte do capital nacional se
encontra acumulado nas mãos de um pequeno grupo e o restante da população sofre
para conseguir se sustentar e ter acesso às suas necessidades básicas, como
saúde, educação e lazer.
Se houvesse um maior investimento nesses
setores, talvez a nossa sociedade não estivesse tão carente de cuidados básicos,
entretanto, a elite sempre continuará se importando com a própria elite,
enquanto isso, nós somos obrigados a nos sacrificar para termos uma melhor
qualidade de vida.
No entanto o Sistema Tributário Nacional é
um órgão responsável para a distribuição de renda que é arrecadada por meio de
tributos pagos pelos brasileiros, já que mesmo é um dos recursos que se destaca
para financiamentos de serviços públicos prestados no Brasil.
E como sabemos este é um dos assuntos que
deixam os economistas mais intrigados ainda no qual devem medir o resultado das
atividades econômicas, ou seja, a avaliação deve ser feita corretamente para
que possa saber corretamente a quantidade de riqueza que é produzida.
E uma das formas mais comuns de se realizar
esta consulta é medindo o desempenho da economia do país pela análise do PIB. Sendo
assim, a concentração de renda do país não sofreu nenhuma alteração no decorrer
das quatro últimas décadas, onde os seus índices ficaram oscilando entre as 10 últimas
posições do mundo onde começou a apresentar os primeiros sinais de melhora
somente no ano de 2001, já que nos últimos anos o país tem conseguido aliar o
crescimento econômico com a redução da desigualdade.
Algumas das estatísticas apontam que somente
a partir do ultimo trimestre do ano de 2002 a distribuição de renda no Brasil
começou a melhorar lentamente, e no ano de 2004 aconteceu o primeiro avanço
significativo para a diminuição da desigualdade econômica no país.
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL BRASILEIRO (aula 1)
Nos últimos 50 anos, as chamadas economias
em desenvolvimento alcançaram níveis expressivos de industrialização e
urbanização, formando uma classe alta nacional e uma classe média de
assalariados com renda relativamente elevada. Esse momento pode ser
compreendido através de dois pressupostos: a participação do Estado como
empresário e a atração de empresas transnacionais.
Após a década de 1950, ocorreu no Brasil o
processo de internacionalização da economia, com grande participação do Estado
como empresário e no desenvolvimento de infraestrutura (transportes, energia,
portos) e políticas de incentivos fiscais. Todos esses fatores, aliados à
disponibilidade de mão de obra barata, mercado consumidor crescente e acesso a
matérias-primas e fontes de energia, atraíram empresas transnacionais para o
território brasileiro. Houve uma grande ampliação do parque industrial,
principalmente indústrias de bens de consumo duráveis (automóveis e
eletrodomésticos).
O país conheceu a sua industrialização
tardia, com um sistema produtivo tradicional que considerava a capacidade de
produção e os grandes parques industriais como fundamentos para a atividade industrial.
Esse padrão concretizado com o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) foi
ampliado pela ditadura militar (1964-1985). Os militares criaram obras
estruturais em diferentes regiões brasileiras, a destacar as usinas
hidrelétricas e as rodovias. Muitos municípios do interior do estado de São
Paulo começaram a desenvolver seus distritos industriais. Durante a década de
1970, ocorreu o “milagre econômico brasileiro”, que elevou o país à posição de
8ª economia mundial no ano de 1973, com taxas anuais de crescimento em torno de
10%.
No caso brasileiro, o modelo adotado trouxe
crescimento econômico para o país, mas não foi capaz de promover o
desenvolvimento econômico regional. O aumento de renda per capita de um país
nem sempre representa avanços na qualidade de vida. O crescimento que o Brasil
obteve, principalmente durante o período correspondente ao regime militar,
construiu um cenário técnico e logístico para o desenvolvimento, mas não o
privilegiou.
A partir da década de 1980, ocorreu o
esgotamento da capacidade do Estado em promover o desenvolvimento industrial -
fim do Estado empresário - devido às políticas econômicas mal sucedidas que
aumentaram a dívida externa e a inflação. No plano externo, os países
desenvolvidos começaram a adotar medidas neoliberais, isto é, reduzindo o papel
do Estado na sua participação em determinados setores econômicos.
O Brasil iniciou, a partir da década de
1990, um acelerado programa de abertura econômica conduzido pelo governo Fernando
Collor. Através da redução de alíquotas de importações, desregulamentação do
Estado, privatizações das empresas estatais e diminuição de subsídios, mudanças
profundas foram implementadas na estrutura industrial do país. Apesar de
estimular a competitividade, muitas pequenas e médias empresas não tiveram
suporte técnico e financeiro para se adaptarem a essas transformações. Até os
dias atuais, a principal dificuldade enfrentada pelos pequenos e médios
empreendedores no Brasil é que os investimentos em tecnologia e o crédito
necessário para a efetuação de qualquer base de estruturação produtiva ainda
dependem do resguardo estatal. Enfim, o país abraçou o neoliberalismo econômico
como política de Estado.
Seus efeitos foram positivos para alguns
setores, que se tornaram mais competitivos, mas nocivos para outros, devido à
falta de credibilidade das instituições envolvidas nesse processo e pela
maneira como foram conduzidas algumas políticas públicas, principalmente no que
tange às privatizações. A falta de investimentos em pesquisa e desenvolvimento,
essenciais para o desenvolvimento econômico de uma nação, também não foram
privilegiados.
Em 1991, Brasil, Argentina, Uruguai e
Paraguai assinaram o Tratado de Assunção, que fundou o bloco econômico Mercosul
(Mercado Comum do Sul), para por fim a algumas barreiras alfandegárias e
fomentar políticas econômicas entre os países membros. A criação do bloco
representou mais uma etapa da abertura econômica brasileira, ainda que a
integração permanecesse restrita aos países vizinhos e com os quais o Brasil já
detinha muitos laços comerciais.
As transformações decorrentes das políticas
do governo Collor introduziram no país algumas ideias neoliberais, que podem
ser sintetizadas como sendo uma redução da participação do Estado como
regulador da economia e maior liberdade de atuação de empreendedores privados e
do capital internacional. A curta passagem de Itamar Franco como presidente,
após o impeachment de Collor em 1992, ficou caracterizada como
uma preparação para o Plano Real, que culminou na eleição do sociólogo e
professor Fernando Henrique Cardoso em 1994, um dos idealizadores desse
projeto.
Na esfera ideológica, FHC, como ficou
conhecido o ex-presidente, buscou uma política nitidamente sintonizada com as
práticas neoliberais, acelerando o processo de privatizações e buscando
descentralizar a administração em diversos segmentos da sociedade. A política
de juros altos – o Brasil até os dias atuais pratica as maiores taxas de juros
do mundo – foi fortalecida para impedir a desvalorização do Real e combater a
inflação. Com os juros altos, o país poderia atrair uma maior quantidade de
dólares para o mercado brasileiro. Com mais reservas em dólares, o dinheiro
brasileiro ficava relativamente valorizado e o país também ganhava
confiabilidade junto aos credores internacionais.
Infelizmente, nem todo investimento que
chegou até o Brasil naquele momento foi produtivo, isto é, aquele que atravessa
de alguma maneira uma cadeia econômica de produção, seja na indústria, na
agricultura ou outro segmento qualquer. Muitos capitais que ingressaram no
território brasileiro foram meramente especulativos: nada produziram senão
rendimentos para banqueiros e investidores internacionais.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Favelas do Rio ainda são sinônimo de estigmas
ESTADÃO
Favelas do Rio ainda são sinônimo
de estigmas
Estudo dos anos 1960 publicado no 'Estado' mostrava que comunidades eram vistas como
algo a ser combatido; 50 anos depois, visão não mudou
09 de dezembro de 2012 | 2h 02
ANTONIO PITA / RIO - O Estado de S.Paulo
De espaço de pobreza extrema e marginalidade ao centro de uma economia
dinâmica, que movimenta R$ 13 bilhões por ano. Em 50 anos, as favelas
cariocas passaram por grandes transformações, mas ainda não perderam o
estigma de ilegalidade e exclusão que acompanha seus moradores.
A conclusão é do mais recente estudo sobre o tema, Favelas Cariocas Ontem e
Hoje, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que analisa a evolução
dessas comunidades desde 1960. O livro será lançado na terça-feira no Rio.
O ponto de partida para as análises da obra é uma pesquisa publicada naquele
ano pelo Estado - a primeira do gênero. Até hoje considerado um marco,
Aspectos Humanos da Favela Carioca consumiu 3 anos de pesquisas, entrevistas
com moradores de 16 favelas do Rio e análise de dados do Censo. O resultado foi
publicado em dois cadernos do Estado, com 88 páginas, que serão reproduzidos
no livro.
Favelas Cariocas Ontem e Hoje reúne artigos com análises históricas. Em 1950,
eram 105 favelas com cerca de 280 mil moradores. Hoje, o Rio tem mais de 760
favelas com cerca de 1,4 milhão de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa do Instituto Data Popular aponta que
66% dos moradores de favela são da classe C, com renda per capita de R$ 291 a
R$ 1.019. Nas classes A e B, com renda acima de R$ 1.020, são 13% - contra 1%
em 2001.
"As favelas sempre foram vistas como local de criminalidade e precariedade,
ocupação ilegal e provisória. Hoje, muitos moradores têm títulos de propriedade,
pagam impostos, melhoraram de renda, mas ainda são associados a esses
estigmas", afirma o pesquisador e um dos organizadores do livro, Marco
Antonio Mello, da UFRJ.
À época do primeiro estudo, a percepção dominante na sociedade era de que as
favelas eram uma anomalia a ser combatida. Apenas 37% das casas eram de
alvenaria, um terço dos barracos tinha acesso a água encanada e 58% das casas
tinham geladeira.
"Era tudo de barro", lembra Natália de Souza, de 50 anos, que há mais de 30
anos chegou à Favela Dona Marta, na zona sul. Ela até hoje não possui geladeira
nem TV. A água falta a cada dois dias. A favela é considerada modelo pela
prefeitura. À primeira vista, os R$ 27,7 milhões investidos se restringiram à
parte baixa e mais visível do morro. No alto, onde Natália mora, a
transformação urbanística não chegou.
Matéria do VESTIBURELA II 2013 (MAIS AS ANOTAÇÕES FEITA NO CADERNO, EXERCÍCIOS E PESQUISAS PARA CASA)
INDUSTRIALIZAÇÃO
BRASILEIRA
O
Brasil é considerado um país emergente ou em desenvolvimento, apesar disso está
quase um século atrasado industrialmente e tecnologicamente em relação às nações
que ingressaram no processo de industrialização no momento em que a Primeira
Revolução Industrial entrou em vigor, como Inglaterra, Alemanha, França,
Estados Unidos, Japão e outros.
As indústrias no Brasil se desenvolveram a partir de mudanças estruturais de caráter econômico, social e político, que ocorreram principalmente nos últimos trinta anos do século XIX. O conjunto de mudanças aconteceu especialmente nas relações de trabalho, com a expansão do emprego remunerado que resultou em aumento do consumo de mercadorias, a abolição do trabalho escravo e o ingresso de estrangeiros no Brasil como Italianos, Alemães, Japoneses dentre muitas outras nacionalidades, que vieram para compor a mão de obra, além de contribuir no povoamento do país como ocorreu na região sul. Um dos maiores acontecimentos no campo político foi a proclamação da República, diante desses acontecimentos históricos o processo industrial brasileiro passou por quatro etapas.
As indústrias no Brasil se desenvolveram a partir de mudanças estruturais de caráter econômico, social e político, que ocorreram principalmente nos últimos trinta anos do século XIX. O conjunto de mudanças aconteceu especialmente nas relações de trabalho, com a expansão do emprego remunerado que resultou em aumento do consumo de mercadorias, a abolição do trabalho escravo e o ingresso de estrangeiros no Brasil como Italianos, Alemães, Japoneses dentre muitas outras nacionalidades, que vieram para compor a mão de obra, além de contribuir no povoamento do país como ocorreu na região sul. Um dos maiores acontecimentos no campo político foi a proclamação da República, diante desses acontecimentos históricos o processo industrial brasileiro passou por quatro etapas.
• Primeira
etapa: essa ocorreu entre 1500 e 1808 quando o país ainda era
colônia, dessa forma a metrópole não aceitava a implantação de indústrias,
salvo em casos especiais como os engenhos, e produção em regime artesanal.
• Segunda etapa: corresponde a uma fase que se desenvolveu entre 1808 a 1930, que ficou marcada pela chegada da família real portuguesa em 1808. Nesse período foi concedida a permissão para a implantação de indústria no país a partir de vários requisitos, dentre muitos, a criação, em 1828, de um tributo com taxas de 15% para mercadorias importadas e, em 1844, a taxa tributária foi para 60%, denominada de tarifa Alves Branco. Outro fator determinante nesse sentido foi o declínio do café, momento em que muitos fazendeiros deixaram as atividades do campo e, com seus recursos, entraram no setor industrial que prometia grandes perspectivas de prosperidade, as primeiras empresas limitavam-se à produção de alimentos, têxtil, além de velas e sabão, em suma tratava-se de produtos sem grandes tecnologias empregadas.
• Terceira
etapa: período que ocorreu entre 1930 e 1955, momento em que a
indústria recebeu muitos investimentos dos ex-cafeicultores e também em
logística, ou seja, construção de vias de circulação de mercadorias,
matérias-primas e pessoas, isso proveniente das evoluções nos meios de
transporte que facilitou a distribuição de produtos para várias regiões do
país, muitas ferrovias que anteriormente transportavam café, nessa etapa
passaram a servir os interesses industriais. Foi instalada no país a Companhia
Siderúrgica Nacional, construída entre os anos de 1942 e 1947, empresa de
extrema importância no sistema produtivo industrial, uma vez que abastecia as
indústrias com matéria-prima, principalmente metais. No ano de 1953, foi
instituída uma das mais promissoras empresas estatais: a PETROBRAS.
Durante este período, a indústria também se beneficiou com o final da Segunda
Guerra Mundial (1939-45),
pois, os países europeus, estavam com suas indústrias arrasadas, necessitando
importar produtos industrializados de outros países, entre eles o Brasil.
Com a criação da Petrobrás
(1953), ocorreu um grande desenvolvimento das indústrias ligadas à produção de
gêneros derivados do petróleo (borracha sintética, tintas,
plásticos, fertilizantes, etc).
• Quarta etapa: teve
início em 1955, e segue até os dias de hoje. Essa fase foi promovida
inicialmente pelo presidente Juscelino Kubitschek que promoveu a abertura da
economia e das fronteiras produtivas, permitindo a entrada de recursos em forma
de empréstimos e também em investimentos com a instalação de empresas
multinacionais. Com o ingresso dos militares no governo do país, no ano de
1964, as medidas produtivas tiveram novos rumos, dentre muitos a intensificação
da entrada de empresas e capitais de origem estrangeira comprometendo o
crescimento autônomo do país, isso resultou no incremento da dependência
econômica, industrial e tecnológica em relação aos países de economias
consolidadas. No fim do século XX houve um razoável crescimento econômico no
país, promovendo uma melhoria na qualidade de vida da população brasileira,
além de maior acesso ao consumo, proporcionou também a estabilidade da moeda,
além de outros fatores que foram determinantes para o progresso gradativo do
país.
Últimas décadas do século XX
Nas décadas 70, 80 e 90, a
industrialização do Brasil continuou a crescer, embora, em alguns momentos de
crise econômica, ela tenha estagnado. Atualmente o Brasil possui uma boa base
industrial, produzindo diversos produtos como, por exemplo, automóveis,
máquinas, roupas, aviões, equipamentos, produtos alimentícios industrializados,
eletrodomésticos, etc. Apesar disso, a indústria nacional ainda é dependente,
em alguns setores, (informática, por exemplo) de tecnologia externa.
Desconcentração industrial
Diante
de tais distorções regionais no território brasileiro e problemas
socioespaciais gerados pelo modelo concentrador do processo industrial na
região Sudeste, o planejamento estatal desenvolveu, paulatinamente, na década
de 1970, uma série de incentivos fiscais para a desconcentração industrial,
levada a cabo regionalmente pela Superintendência do Desenvolvimento do
Nordeste (Sudene) e pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia
(Sudam).
Mas
é na década de 1990 que a desconcentração industrial no país vai se
intensificar. Apoiada pela maior abertura econômica e pelo desenvolvimento técnico-científico
(informática e comunicação), sem esquecer as mudanças constitucionais de 1988 -
que concederam aos estados e municípios maior autonomia na definição dos
impostos cobrados às empresas -, esse processo de desconcentração acabou
gerando o que os geógrafos chamam de "Guerra dos Lugares", ou seja,
uma disputa entre estados e municípios, com a intenção de atrair grandes
empresas a partir da diminuição ou isenção de impostos.
domingo, 19 de maio de 2013
ORIENTAÇÃO - TRABALHO - CONFLITOS NO BRASIL
GEOGRAFIA - 7º ANO
Projeto: Conflitos-Guerra e Paz
Tema:
Conflitos atuais no Brasil
Favelas: Consequência de uma
urbanização mal planejada no Rio de Janeiro e “aproveitada” pela criminalidade
e pelos governos. Quem perde e quem ganha?
Objetivo:
Mostrar ao público que a favela não é um lugar criado pelos bandidos e para os
bandidos, e sim, um espaço geográfico que foi transformado em palco principal nos
conflitos da cidade do Rio de Janeiro.
Introdução (Abordagem)
·
A
Primeira parte do trabalho (Cartolina) será utilizada como parte expositiva da
introdução
·
A
incompetência dos governos que não se mobilizaram para resolver este “problema”
urbano.
Desenvolvimento (Abordagem)
·
Quando
e como o crime organizado (facções criminosas) se instala nas favelas
·
As
favelas tornam-se reduto do trafico de drogas, “sustentado” pelo poder público
·
A
violência no Rio de Janeiro torna-se um problema crônico, e se espalha por
todas as direções da cidade.
Conclusão (Abordagem)
·
Projetos
e ações do governo: UPP (Unidades de Policia Pacificadora)
·
Migração
da criminalidade: Mais um capítulo dos conflitos no Brasil
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O
atual cenário da violência no Rio de Janeiro
TODOS OS
ALUNOS DEVERÃO PARTICIPAR DESTA 2ª PARTE DO TRABALHO.
Nesta etapa
o trabalho será feito da seguinte forma:
Alunos que IRÃO
APRESENTAR o trabalho na quadra dia 27/05: RESUMO ESCRITO MAIS UMA APRESENTAÇÃO
EM SLIDES (tópicos e imagens).
Alunos que
NÃO irão apresentar: MESMO MODELO DA 1ª PARTE, SÓ QUE AGORA EM UM PLANO (MATERIAL)
MAIOR, COMO O PAPEL 40 QUILOS POR EXEMPLO.
O sucesso do trabalho dependerá do
empenho de cada um.
segunda-feira, 15 de abril de 2013
CONTINUAÇÃO 15/04/2013
Continuação...
Países subdesenvolvidos industrializados (emergentes)
Base > estreitando
Corpo > expressivo
Topo > aumentando
Situação econômica intermediária
Indicadores sociais melhorando
Demonstra que o país está no caminho certo.
MIGRAÇÃO > Deslocamento populacional
Motivos: religiosos, políticos, desastres naturais, mas principalmente econômico.
EMIGRANTES > pessoas que saem do seu país de origem
IMIGRANTES > pessoas que chegam em outros países
ALGUNS TIPOS DE MIGRAÇÃO INTERNA:
Sazonal (temporário) > acontecem durante alguns períodos (como por exemplo, o casos dos nordestinos que fogem da seca em algumas épocas do ano)
Pendular > diária, para trabalho e/ou estudo, por morarem longe das cidades grandes.
>esse tipo de migração produz as chamadas CIDADES DORMITÓRIO (caso de Paracambi)
>as cidades menores não oferecem condições socioeconômicas suficientes para todos os seus moradores.
Êxodo Rural > Deslocamento das populações rurais para espaços urbanos (cidades)
>provocado pela mecanização do campo
> procura de emprego
> melhores condições de vida
Acaba gerando também problemas sociais >>> superpovoamento das cidades – surgimento de periferias, e processo de favelização >>> os que não conseguem um emprego “fixo” acabam na economia informal.
MAIS TRABALHO BIMESTRAL.
quarta-feira, 6 de março de 2013
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
APOIO - Demografia
Texto elaborado e complementar às explicações em sala de aula e, como revisão, para os demais alunos que necessitarem.
DEMOGRAFIA→ Corresponde à área da ciência geográfica que estuda a dinâmica da população humana.
. POPULAÇÃO→ Conjunto de pessoas que vive em um determinado espaço, seja este sob a dimensão mundial, de um continente, de um país, de uma região, um estado ou uma outra área específica.
Em geral, em uma análise demográfica, são utilizadas as seguintes variáveis básicas: tamanho, estrutura e crescimento da população.
1. TAMANHO DA POPULAÇÃOSubtende-se, como tamanho de uma população, o número de pessoas que residem em um determinado espaço.
. POPULAÇÃO ABSOLUTA→ Trata-se do número total de habitantes de um determinado lugar.
Utilizamos o adjetivo populoso, quando nos referimos à população absoluta.
. POPULAÇÃO RELATIVA→ Trata-se do número de habitantes por quilômetro quadrado (Km2), ou seja, ela consiste na distribuição da população em relação à área. A população relativa é também denominada de Densidade Demográfica.
Sendo assim, a população relativa ou densidade demográfica de um determinado lugar é obtida através da divisão do número da população absoluta pela área territorial do espaço:
População Relativa = População Absoluta /Área Territorial
Utilizamos o adjetivo povoado, quando nos referimos à população relativa ou à densidade demográfica.
O recenseamento ou censo demográfico consiste na coleta periódica de dados estatísticos da população de um determinado lugar.
O primeiro censo oficial do Brasil foi efetuado em 1872. Antes deste, o levantamento da população contava, também, com os dados fornecidos pela Igreja. Os registros paroquiais auxiliavam para a contagem da população através do número de nascimentos, batismos e óbitos (mortes).
O levantamento demográfico do Brasil passou a ser realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE ( http://www.ibge.gov.br/ ), em 1936, ano em que a Instituição foi criada.
Os censos do IBGE são realizados com periodicidade decenal, isto é, são feitos de 10 em 10 anos, tendo o último ocorrido em 2000. Além destes levantamentos, entre o intervalo de dois recenseamentos é realizada uma contagem da população.
No entanto, por razões orçamentárias e financeiras, a contagem da população, planejada para o ano de 2005, foi transferida para o ano de 2007.
Quando falamos em população devemos ter em mente que os dados levantados são, na verdade, estimativas, tendo em vista os seguintes aspectos: o número elevado de crianças não registradas no país e as dificuldades de acessibilidade dos agentes recenseadores às casas localizadas em áreas de risco (violência) etc.
. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA POPULAÇÃOA distribuição geográfica da população na superfície terrestre não se caracteriza de maneira uniforme, tendo em vista a ocorrência de diferentes fatores que se apresentam como fatores de favoráveis e/ou de desfavoráveis à ocupação humana. Fatores estes, que podem ser de origem natural e/ou antrópicas.
Entre aqueles que se apresentam como fatores favoráveis destacam-se: os vales fluviais, a região litorânea, as áreas próximas aos grandes centros urbanos etc.
Em contrapartida, outros elementos se configuram como obstáculos, isto é, desfavoráveis à ocupação e fixação do homem e, entre estes, se destacam principalmente os de origem natural (áreas pantanosas, de condições climáticas rigorosas, áreas áridas ou desérticas, florestas, áreas montanhosas etc.).
Em função dos fatores favoráveis, podemos observar Áreas Ecúmenas, que consistem em espaços de fácil fixação e ocupação humana, isto é, áreas de condições habitáveis.
Em contrapartida, temos as chamadas Áreas Anecúmenas, que correspondem às áreas de difícil fixação do homem, as quais se configuram como vazios demográficos.
O fato de o Brasil ser o quinto país mais populoso do mundo, mas apresentar uma densidade demográfica baixa, com cerca de 22 hab/Km2 (2007), é justificada em razão da ocorrência de áreas anecúmenas em território brasileiro, como a Floresta Amazônica, o sertão nordestino, o pantanal, entre outros.
2. CRESCIMENTO DA POPULAÇÃOO crescimento populacional corresponde às mudanças que, ao longo do tempo, são verificados no quadro da população sob a influência das entradas e de saídas de pessoas no respectivo espaço.
Neste contexto as entradas significam os nascimentos e as imigrações registradas, enquanto as saídas correspondem ao número de óbitos e emigrações.
Sendo assim, para efeito do crescimento da população, devemos levar em consideração duas variáveis: o crescimento natural ou vegetativo da população (diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade) e o saldo migratório (a diferença entre imigrantes e emigrantes).
. TAXA DE NATALIDADE→ Corresponde à relação entre o número de nascimentos ocorridos em 01 (um) ano e a população absoluta, tendo o resultado expresso, em geral, por mil.
Taxa de Natalidade = número de nascimentos/População Absoluta x 1000
Obs.: Multiplica-se o resultado, em geral, por mil (1.000) para facilitar a leitura e admitir a comparação internacional. Exemplo, um determinado espaço que apresente uma taxa de natalidade equivalente a 25%o (por mil) significa que em um ano, para um grupo de mil habitantes, nasceram vinte e cinco crianças vivas.
. TAXA DE MORTALIDADE→ Corresponde à relação entre o número de óbitos ocorridos em 01 (um) ano e a população absoluta, tendo o resultado expresso por mil.
Taxa de Mortalidade = número de óbitos/População Absoluta x 1000. TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL→ Trata-se da relação do número de crianças, de até 1 (um) ano de idade, que morrem para cada grupo de mil nascidas vivas.
. TAXA DE FECUNDIDADE→ Corresponde à média de filhos, por mulher, na idade de reprodução.
Essa faixa de idade se inicia, em geral, aos 15 anos. Todavia, em muitos países como o Brasil, por exemplo, onde é comum meninas, abaixo dessa idade, terem filhos, esta taxa pode ficar um pouco distorcida.
. EXPECTATIVA DE VIDA→ Consiste no índice que expressa a quantidade de anos que vive, em média, a população.
Este é um índice muito utilizado para análise do nível de desenvolvimento dos países.
3. ESTRUTURA DA POPULAÇÃOTrata da composição da população em relação a fatores como etnia (estrutura étnica), idade e sexo (estrutura etária) e ocupação profissional (população ativa e inativa).
. ESTRUTURA ÉTNICAA distinção dos indivíduos pela cor através da classificação geral de raças branca, negra, amarela e mestiça é, ainda, um fato muito controverso.
Hoje, em dia, emprega-se muito mais o termo etnia do que raça, uma vez que a primeira expressa não expressa só a cor, mas, sobretudo, a cultura de um determinado grupo étnico.
O Brasil é um país caracterizado pela grande miscigenação de grupos étnicos, seja esta advinda dos amarelos nativos (indígenas), dos brancos europeus, dos negros africanos e, ainda, dos mestiços.
Até hoje, a determinação do grupo étnico a qual pertence ou da cor, simplesmente, da pessoa é tarefa nada fácil a ser tratada, principalmente, quando a população apresenta uma grande miscigenação.
E, embora, a Legislação máxima do nosso país garanta que todos os grupos étnicos sejam iguais perante a lei, sabemos que nem sempre o mesmo princípio corresponde na prática.
. ESTRUTURA ETÁRIAA composição da população, em termos de idade e sexo, é representada através de gráficos sob a forma de pirâmides etárias.
Os principais elementos de uma pirâmide etária são:
- Base (parte inferior, representando a população jovem);
- Corpo (parte intermediária/representando a população adulta);
- Cume ou ápice (parte superior/ representando a população idosa);
- Ordenada (grupos ou faixas de idade);
- Abcissa (quantidade de pessoas em valor absoluto ou porcentagem).
Considera-se para efeito de faixas etárias, os seguintes segmentos:
. 0 a 19 anos: população jovem;
. 20 a 59 anos: população adulta;
. acima de 60 anos: população idosa.
Daí a origem da expressão “terceira idade” voltada para a população idosa.
As pirâmides de “países jovens”, ou seja, onde há elevada proporção de jovens em relação aos demais segmentos, apresentam uma base larga e o cume estreito, demonstrando baixo número de idosos. Este formato de pirâmide caracteriza a estrutura da população da maior parte dos países subdesenvolvidos.
Por sua vez, os chamados “países velhos” são aqueles, cuja estrutura etária configura uma pirâmide de base mais estreita, configurando a baixa porcentagem de jovens e o cume mais largo, tendo em vista a grande proporção de idosos.
O formato da pirâmide etária vai sofrer modificações estruturais em função da evolução demográfica dos países, a qual se encontra interligada ao estágio sócio-econômico vigente.
Notadamente, quando ocorre o desenvolvimento do país, verifica-se um gradativo estreitamento da base da pirâmide e um alargamento tanto do corpo quanto do ápice. Isso decorre em razão da redução da taxa de natalidade e do aumento da expectativa de vida da população.
Em termos de sexo, na pirâmide etária, os homens são representados à esquerda e mulheres à direita. O eixo vertical representa as idades e o eixo horizontal pode representar o número de habitantes.
CLIQUE AQUI E VEJA MAIS SOBRE PIRÂMIDE ETÁRIA
. ESTRUTURA POR OCUPAÇÃO PROFISSIONALO levantamento da estrutura da população, neste aspecto, classifica o indivíduo em dois grupos, levando em consideração a sua situação em termos de ocupação profissional e, também, de idade (no que se refere aos menores de idade).
Vale ressaltar aqui que o termo ocupação subentende-se em atividade no mercado de trabalho formal (com carteira assinada e todos os direitos trabalhistas assegurados) como o informal (sem registro e direitos trabalhistas).
Sendo assim, a população pode ser classificada em:
. População Economicamente Ativa (PEA): é considerada deste grupo, toda e qualquer pessoa que esteja empregada ou à procura de emprego.
A idade base considerada para o cálculo da PEA, nos países desenvolvidos, é a de 15 anos. No caso do Brasil, a idade é de 16 anos, tendo em vista que a Constituição Brasileira estabelece esta faixa etária como idade mínima para o ingresso no mercado de trabalho.
. População Economicamente Inativa (PEI):faz parte deste grupo, os indivíduos que não estão empregados, como os aposentados, as donas de casa que não exercem atividade econômica remunerada, as crianças e adolescentes que ainda não atingiram a idade mínima para ingressar no mercado e os estudantes.
É importante frisar a importância direta e indiretamente da População Economicamente Ativa sobre a População Economicamente Inativa, pois a mesma é que contribui e assegura condições para a viabilização de investimento sociais, tanto na área de educação, saúde e segurança pública, bem como à aposentadoria.
Marli Vieira
Blog geografia em fo
(Imagem capturada na rede)
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