Ao final de seu segundo mandato no ano de
2002, Fernando Henrique não conseguiu expressar as suas políticas consolidadas
em propostas concretas para o seu sucessor. Em resposta, a população brasileira
elegeu Luís Inácio Lula da Silva, cuja eleição configurou um momento histórico
para o país em razão do seu passado pobre e origem humilde. O ex-sindicalista
Lula apostou no seu carisma e populismo para introduzir grandes projetos
sociais (Fome Zero, Bolsa Família) e estruturais PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento Econômico). No plano político e em busca de uma maior
governabilidade, Lula, do Partido dos Trabalhadores, buscou uma aliança com o
PMDB, partido evidentemente voltado à elite agrária do Brasil.
Apesar de um conjunto de ideias diferente do
governo anterior e da retórica (arte de falar bem) pautada em questões sociais,
o governo de Lula ficou bastante marcado pela manutenção da estabilidade
econômica e pelo aproveitamento de circunstâncias internacionais favoráveis ao crescimento dos
países emergentes e à valorização de nossas commodities (mercadorias; produtos primários, negociáveis
em bolsas de valores). O país perpetuou a vocação agroexportadora com destaque
para a soja e o minério de ferro, assim como o fortalecimento das companhias e
corporações que atuam no setor primário. Durante o decorrer do seu segundo
mandato, Lula conseguiu projetar o Brasil como uma potência regional e um dos
mais importantes países emergentes. Em 2010, esse clima de euforia repercutiu
na vitória dos governistas nas eleições presidenciais, levando a economista Dilma
Rousseff à Presidência da República.
Se considerarmos o período correspondente
aos mandatos de Fernando Henrique e de Lula, o Brasil realmente definiu uma
posição privilegiada no cenário político mundial. A estabilidade econômica
iniciada pelo governo de Fernando Henrique, juntamente com as melhorias sociais
e a maior credibilidade internacional conquistada pelo governo Lula, não
encerraram as desigualdades existentes no país ou mesmo modernizaram plenamente
a nossa estrutura produtiva, mas apontaram novos rumos para uma nação que
esteve muito tempo atrelada apenas ao atraso econômico, corrupção crônica e ao
endividamento externo.
Analisando alguns termos...
PIB e
PNB
Um dos principais indicadores que demonstram
a realidade econômica de um país ou região é o PIB (Produto Interno Bruto). Tal
indicador nada mais é do que a mensuração de todos os bens e serviços, ou seja,
de toda a riqueza produzida. Uma das maiores confusões em relação ao PIB é a
diferença entre o mesmo e outro importante indicador econômico: o PNB (Produto
Nacional Bruto).
Embora o conceito de PIB seja preferido na
maior parte do mundo, como no Brasil e Grã Bretanha, o PNB é utilizado
especialmente em determinados países, como nos Estados Unidos, por exemplo.
O PIB
representa todas as riquezas produzidas dentro das fronteiras de uma
região, independentemente do destino dessa renda. O conceito de PIB também descarta
a entrada de verbas do exterior. O que é levado em consideração é
simplesmente aquilo que é produzido dentro das fronteiras da região ou país.
Já o PNB
considera todos os valores que um país, por exemplo, recebe do exterior,
além das riquezas que foram apropriadas por outras economias, ou seja, os
valores que saem. É justamente essa a diferença: o PNB considera as rendas enviadas e recebidas do exterior, enquanto o
PIB, não.
Desta forma, em países em desenvolvimento,
como o Brasil, o PNB normalmente é menor que o PIB, uma vez que as transnacionais
enviam grande parte de seus lucros para seus países de origem. Da mesma forma,
em países com muitas empresas de atuação global, como nos Estados Unidos, o PNB
tende a ser maior, já que há uma grande absorção dos lucros gerados por suas
empresas no exterior.
Balança Comercial
Balança comercial é um termo econômico que
representa o resultado das importações e exportações de bens entre os
países.
Dizemos que a balança comercial de um
determinado país teve um superávit (positiva ou favorável), quando este
exporta (vende para outros países) mais do que importa (compra de outros
países). Do contrário, dizemos que a balança comercial teve um déficit, isto é,
foi deficitária (negativa ou desfavorável).
A balança comercial favorável apresenta
vantagens para um país, pois atrai moeda estrangeira, além de gerar empregos
dentro do país exportador.
Em 2012, o saldo da balança comercial
brasileira foi positivo (superavitário) em US$ 19,43 bilhões. Neste ano, o
Brasil exportou US$ 242,58 bilhões e importou US$ 223,14 bilhões.
INDICADORES
SOCIAIS
Os indicadores sociais são meios utilizados
para designar os países como sendo: Desenvolvidos), em Desenvolvimento ou Subdesenvolvidos.
Com isso, organismos internacionais analisam os países segundo a: Expectativa de vida, Taxa de mortalidade, Taxa
de mortalidade infantil (que morreram antes de completar 01 ano), Taxa de
analfabetismo, Renda per capita, Saúde, Alimentação, Condições
médico-sanitárias, Qualidade de vida e acesso ao consumo (Correspondem ao
número de carros, de computadores, televisores, celulares, acesso à internet
entre outros).
IDH
(Índice de Desenvolvimento Humano)
O IDH foi criado pela ONU (Organização das
Nações Unidas) para tentar medir o grau econômico e, principalmente, como as
pessoas estão vivendo nos países de todo o mundo.
O IDH avalia os países em uma escala de 0 a
1. O índice 1 não foi alcançado por nenhum país do mundo, pois tal índice iria
significar que determinado país apresenta uma realidade quase que perfeita, por
exemplo, uma elevada renda per capita, expectativa de vida de 90 anos e assim
por diante.
Também é bom ressaltar que não existe nenhum
país do mundo com índice 0, pois se isso ocorresse era o mesmo que apresentar,
por exemplo, taxas de analfabetismo de 100% e todos os outros indicadores em
níveis desastrosos.
COMÉRCIO
EXTERIOR
Os maiores parceiros do Brasil no comércio
exterior são a União Europeia, os Estados Unidos da América, o MERCOSUL e a China.
Atualmente o Brasil é a 7° maior economia
mundial, de acordo com os critérios de Produto Interno Bruto diretamente
convertido a dólares estadunidenses, e está entre as 10 maiores economias
mundiais, sendo a maior da América Latina, e está na 85° posição no ranking do
IDH com 0,73.
O primeiro produto que moveu a economia do
Brasil foi o açúcar, durante o período de colônia, seguindo pelo ouro na região
de Minas Gerais. Já independente, um novo ciclo econômico surgiu, agora com o
café. Esse momento foi fundamental para o desenvolvimento do Estado de São
Paulo, que acabou por tornar-se o mais rico do país.
Apesar de ter, ao longo da década de 90, um
salto qualitativo na produção de bens agrícolas, alcançando a liderança mundial
em diversos insumos (bem ou serviço utilizado na
produção), com reformas comandadas pelo governo federal, a pauta
de exportação brasileira foi diversificada, com uma enorme inclusão de bens de
alto valor agregado como joias, aviões, automóveis e peças de vestuário.
Atualmente o país está entre os 20 maiores
exportadores do mundo entre produtos e serviços. A expectativa é que o Brasil
esteja entre as principais plataformas de exportação (economias que produzem
para exportar) do mundo.
Em 2004 o Brasil começou a crescer,
acompanhando a economia mundial. O governo diz que isto se deve a política
adotada pelo presidente Lula, grande parte da imprensa reclama das altas taxas
de juros adotadas pelo governo. No final de 2004 o PIB cresceu 5,7%, a
indústria cresceu na faixa de 8% e as exportações superaram todas as
expectativas.
O Brasil é visto pelo mundo como um país com
muito potencial assim como a Índia, Rússia e China. A política externa adotada
pelo Brasil prioriza a aliança entre países subdesenvolvidos para negociar com
os países ricos.
DISTRIBUIÇÃO
DE RENDA NO BRASIL
Boa parte dos problemas sociais existentes
em nosso país é causada pela má distribuição de renda e essa é uma realidade
que nos acompanha há séculos, desde a época em que o Brasil era colonizado
pelos portugueses.
Hoje, boa parte do capital nacional se
encontra acumulado nas mãos de um pequeno grupo e o restante da população sofre
para conseguir se sustentar e ter acesso às suas necessidades básicas, como
saúde, educação e lazer.
Se houvesse um maior investimento nesses
setores, talvez a nossa sociedade não estivesse tão carente de cuidados básicos,
entretanto, a elite sempre continuará se importando com a própria elite,
enquanto isso, nós somos obrigados a nos sacrificar para termos uma melhor
qualidade de vida.
No entanto o Sistema Tributário Nacional é
um órgão responsável para a distribuição de renda que é arrecadada por meio de
tributos pagos pelos brasileiros, já que mesmo é um dos recursos que se destaca
para financiamentos de serviços públicos prestados no Brasil.
E como sabemos este é um dos assuntos que
deixam os economistas mais intrigados ainda no qual devem medir o resultado das
atividades econômicas, ou seja, a avaliação deve ser feita corretamente para
que possa saber corretamente a quantidade de riqueza que é produzida.
E uma das formas mais comuns de se realizar
esta consulta é medindo o desempenho da economia do país pela análise do PIB. Sendo
assim, a concentração de renda do país não sofreu nenhuma alteração no decorrer
das quatro últimas décadas, onde os seus índices ficaram oscilando entre as 10 últimas
posições do mundo onde começou a apresentar os primeiros sinais de melhora
somente no ano de 2001, já que nos últimos anos o país tem conseguido aliar o
crescimento econômico com a redução da desigualdade.
Algumas das estatísticas apontam que somente
a partir do ultimo trimestre do ano de 2002 a distribuição de renda no Brasil
começou a melhorar lentamente, e no ano de 2004 aconteceu o primeiro avanço
significativo para a diminuição da desigualdade econômica no país.