sexta-feira, 17 de abril de 2020

UNIÃO EUROPEIA

A União Europeia (UE) é o maior bloco econômico do mundo, conhecido pela livre circulação de bens, pessoas e mercadorias e pela adoção de uma moeda única: o euro. A origem data, oficialmente, de 1993, mas sua criação esteve intimamente ligada a processos anteriores de criação de um grande bloco econômico europeu.
Esta é uma união econômica e política de características únicas, constituída por 27 países europeus que, em conjunto, abarcam grande parte do continente europeu.
A antecessora da UE foi criada no rescaldo da Segunda Guerra Mundial. Os primeiros passos visavam incentivar a cooperação econômica, partindo do pressuposto de que se os países tivessem relações comerciais entre si se tornariam economicamente dependentes uns dos outros, reduzindo assim os riscos de conflitos.
Foi assim, que, em 1958, foi criada a Comunidade Económica Europeia (CEE), então constituída por seis países: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos.
Desde então, mais 22 países aderiram a esta grande organização, formando um enorme mercado único (também conhecido como mercado interno) que continua a evoluir para atingir o seu pleno potencial.
Obs: Em 31 de janeiro de 2020, o Reino Unido saiu da União Europeia.
O que começou por ser uma união meramente econômica evoluiu para uma organização com uma vasta gama de domínios de intervenção, desde o clima, o ambiente e a saúde até às relações externas e a segurança, passando pela justiça e a migração. Em 1993, a Comunidade Económica Europeia (CEE) passou a chamar-se União Europeia (UE), refletindo esta evolução.
A UE é, há mais de meio século, um fator de paz, de estabilidade e de prosperidade, tendo contribuído para melhorar o nível de vida dos europeus e dado origem a uma moeda única, o euro. Mais de 340 milhões de cidadãos europeus de 19 países utilizam o euro como moeda e usufruem das suas vantagens.
Graças à supressão dos controles nas fronteiras entre os países da UE, as pessoas podem circular livremente em quase todo o continente, sendo muito mais fácil viver, trabalhar e viajar noutros países da UE. Todos os cidadãos europeus têm o direito e a liberdade de escolher em que país da UE querem trabalhar, estudar ou passar a sua reforma.
Em termos de emprego, segurança social e impostos, os países da UE devem tratar os outros cidadãos europeus exatamente da mesma forma que tratam os seus próprios cidadãos.
O principal motor da economia europeia é o mercado único, que permite que a maioria das pessoas, bens, serviços e capitais circulem livremente. O objetivo da UE é desenvolver este enorme recurso também em outras áreas, como os mercados da energia, do conhecimento e dos capitais, para que os europeus possam tirar o máximo partido do seu potencial.

O SOCIALCISMO


Com o discurso de que o capitalismo gerava grandes desigualdades entre os países e entre as pessoas na sociedade, alguns teóricos começaram a propor um sistema econômico e social que seria mais justo. Neste sentido, a partir de meados do século XIX, nasceram as ideias socialistas se opondo ao sistema capitalista.
Karl Marx, economista alemão, formulou a mais contundente crítica teórica ao capitalismo. Segundo ele, o sistema capitalista criaria tantas desigualdades sociais que acabaria produzindo sua própria decadência, sendo substituído por um novo sistema social, mais igualitário, o socialismo.
Os teóricos socialistas acreditavam que haveria uma revolução social que mudaria a estrutura da sociedade. Os trabalhadores assumiriam o controle do poder político e econômico, rebelando-se contra os mais ricos, que perderia a propriedade privada dos meios de produção. Esses meios se tornariam coletivos (de toda a sociedade). Após a revolução dos trabalhadores, haveria duas fases para a construção de uma sociedade igualitária: o socialismo e, posteriormente, o comunismo.
Diferenças entre Socialismo e Comunismo
O socialismo — conforme a tese marxista, no sistema socialista se manteriam o Estado e o governo no controle da vida social. O Estado seria conduzido por trabalhadores: a chamada Ditadura do Proletariado (trabalhadores). O novo governo ditaria os rumos da economia e controlaria as propriedades.
O comunismo — trata-se de um estágio que viria depois do período socialista, o Estado desapareceria, não havendo mais nenhuma forma de opressão social, e a própria sociedade encontraria formas de se auto regulamentar. No entanto, até hoje, nenhum país que teve experiência socialista conseguiu atingir a fase comunista. 
Na teoria, o socialismo e o comunismo pretendem a implantação de sociedades mais equilibradas, igualitárias, sem opressão e miséria. Entretanto, na prática, o sistema distanciou-se bastante das teorias marxistas e o que se viu foi um regime totalmente diferente do proposto. Chamado de Socialismo Real.
Socialismo real é o sistema implantado, na prática, pelos países que defendem as ideias socialistas. O primeiro movimento efetivo para implantar o socialismo ocorreu em 1917, no antigo Império Russo (que passou a se chamar União das Repúblicas Socialistas Soviéticas — URSS — ou União Soviética - em 1922). Nas décadas seguintes, a União Soviética incentivou vários países a aderir o mesmo sistema. Embora houvesse características específicas em cada um. 
Após um período turbulento, principalmente na Europa, a história nos revelou que o socialismo real não acompanhou o desenvolvimento científico e tecnológico do mundo capitalista desenvolvido. Ademais, nele predominava um modelo autoritário de governo, sem participação ativa dos cidadãos na vida política. Ao invés do Estado perder importância para dar lugar a uma sociedade plenamente livre, igualitária e democrática (comunismo), acabou se fortalecendo e ficou à mercê de uma nova elite burocrática e incompetente. O socialismo real criou um estrato social privilegiado — os burocratas — que controlavam a política e a economia. Os principais motivos da crise do socialismo real foram: a burocratização, a ineficiência econômica e o autoritarismo.
Esse sistema entrou em colapso a partir dos anos 80, tanto na União Soviética como em seus países satélites da Europa Oriental. Atualmente, vários especialistas consideram apenas a Coreia do Norte como totalmente socialista. Apesar de alguns países, como Cuba e China por exemplo, também se declararem integrantes do regime.